Todo mundo sabe que a cachaça ainda é considerada uma droga lícita, por isso é de ótima qualidade, entretanto, quando absorvida em grande quantidade e assistindo Rodrigo Grahl, Abedi e o lateral Rafael jogar, é potenciada em seu nivel máximo, tornando-se algo perigoso e agressivo à saúde mental dos torcedores do Bahia, causando, entre outros sintomas, depressões agudas antes, excitações generalizadas durante e alucinações depois, e tudo se agrava quando se nota, ao fim dos 90 minutos, que pagámos R$ 40.00/30.00 para presenciar essa quase paranóia.
Por isto, mesmo entendendo que a medida é antipática, compreendemos o Presidente Ednaldo Rodrigues quando, atendendo solicitação do Ministério Público Estadual, decretou o início do bico seco nos estádios no campeonato baiano. A questão fica agora, a saber, como se resolver a comercialização da cerveja no entorno do estádio. Essa solução e a revolta dos torcedores é o que trata o jornalista Rafhael Carneiro, do jornal da Metrópole desta sexta-feira.
Encontrar formas de driblar a lei já não é novidade. Se não pode dirigir falando ao celular, fones e viva-voz servem de opção; se no asfalto são colocados “gelos baianos”, que tal “dar uma roubada”? Com o futebol não seria diferente. E a proibição da venda de bebida alcoólica nos estádios, agora estendida ao Baianão 2010, por determinação da PM e Federação Bahiana de Futebol, ganha ares de piada pronta quando se observa a aglomeração de ambulantes no entorno de Pituaçu e do Barradão.
O presidente da federação, Ednaldo Rodrigues, justificou a medida, adotada desde o BA- VI do dia 24/1, como forma de conter a violência dentro dos estádios, atendendo à solicitação da PM. Mas o que se viu no clássico baiano já era observado nos jogos da CBF, pioneira na imposição do veto, há mais de um ano – os torcedores adotaram a “tática” de beber fora do estádio, para alegria dos ambulantes, que lotearam o entorno de Pituaçu. Alguns chegam ao requinte de só atravessar a catraca já devidamente “calibrados” após o início do jogo. Se a contenção da violência depender do teor alcoólico dos torcedores, vai ficar difícil, com proibição e tudo..
‘Devolva minha cerveeeeeja!’
“Ednaldo, devolva minha cerveja!”. Nas mãos do torcedor do Bahia, no último BA-VI, em Pituaçu, o cartaz trazia um apelo ao presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues. Desde a proibição de bebida alcoólica nas competições da CBF, o baiano reagiu com estranheza e indignação. Muitos radicalizaram e ameaçaram não mais voltar aos estádios.
Pelo sim, pelo não, o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães, tentará reverter a decisão. Ele disse à imprensa que foi procurado por diversos tricolores revoltados. “Sou favorável à venda de bebidas nos estádios”, completou. Defender a proibição seria, no mínimo, estranho. Afinal, enquanto os torcedores ficavam sem a tradicional cervejinha no Ba-Vi, os dirigentes estavam muito bem servidos.
Projeto de lei na Assembléia
A cerveja do lado de fora dos estádios pode estar com os dias contados. Tramita na Assembléia um projeto de lei que impede a venda das bebidas a uma distância mínima de 500 metros das praças esportivas. Por sugestão do promotor José Renato Oliva de Mattos, o deputado Capitão Tadeu (PSB) apresentou o projeto. Nos bastidores, a proposta ganhou apoio de todos os lados, mas na prática... Tanto Mattos quanto Tadeu trabalharam para que ele fosse votado no ano passado, mas o projeto não entrou em pauta nem há previsão para isso.
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