O torcedor baiano sentia falta. Há tempos não vivia a emoção de uma grande decisão de Campeonato Baiano, não percebia a importância de um BA-VI nem experimentava o gostinho de provocar e o desgosto de ser provocado depois da partida. Pois bem, tudo está de volta, e, neste domingo, Bahia e Vitória decidirão mais do que o título de campeão baiano de 2009 – estará em jogo a honra de duas nações apaixonadas por seus times.
No lado rubro-negro, a vantagem de perder por até um gol de diferença e poder, dentro de casa, comemorar mais uma conquista. Sem falar, é claro, da vontade de dez entre dez torcedores e dirigentes de não deixar que o ex-presidente e hoje gestor de futebol do Bahia, Paulo Carneiro, possa levantar outro troféu no Barradão. Só que agora como adversário.
Entre os tricolores, a saudade de gritar “É campeão!”. A última vez que isso aconteceu foi em 2002, quando o Bahia conquistou a Copa do Nordeste. De lá para cá, apenas decepções e lamentos. São sete anos sem conquista alguma. Dramalhão que parecia estar perto do fim com a entrada da nova diretoria, mas que agora pode ganhar mais um capítulo.
Embalado, o Vitória abre as portas do Estádio Barradão neste domingo para o segundo jogo da decisão do Campeonato Baiano. Às 17 horas (de Brasília), o Rubro-negro sobe ao gramado sem mistério e precisando segurar apenas um empate com o rival Bahia ou, então, perder por um gol de diferença para ratificar o terceiro título estadual consecutivo.
Já o Bahia deixa escapar a tática que usará para tentar surpreender o Vitória: anular o lateral-direito Apodi, uma das principais armas de Carpegiani. "Temos que marcar e ter atenção com ele, mas também explorar. É uma saída interessante", analisou o lateral-esquerdo Rubens Cardoso, em entrevista ao jornal A Tarde.
Para o jogo, o técnico Alexandre Gallo terá um desfalque: o lateral-direito Patrício, expulso no primeiro jogo da final. Embora tenha escondido os treinos no Bahia e não tenha dado dicas para a escalação, o mais cotado para entrar na ala destra é Dedé. Com informações do Jornal da Metrópole/Adaptadas
11:20 - Por enquanto, chuva não atrapalha clássico BA-VI
O clássico BA-VI marcado para as 17h deste domingo, 3, no Barradão, e que vale o título do Campeonato Baiano de 2009, está garantido, pelo menos por enquanto, de acordo com o presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues. "Se fosse agora, neste momento, teria jogo tranquilamente", disse. Rodrigues lembra, porém, que a conclusão pode ainda não ser definitiva. "Se chover forte de tarde é possível que ocorra algum problema problema" Segundo acordo com ele, o gramado foi analisado nesta manhã e esá em condições de jogo. A situação será monitorada ao longo do dia para confirmar a realização da partida, explica Rodrigues ao jornal A tarde
Um jogo apenas, diriam alguns; mais um Bax Vi, diriam outros. Muitos desconhecem a força popular que tem um BaxVi na alma do torcedor. São anos de rivalidade dentro e fora do campo. Podemos dizer que uma rivalidade com o tempero baiano do bom-humor, embora alguns apelem para a violência. O BaxVi não é só um jogo, podemos dizer que também é um jogo. Essa força que tem o Bahia e o Vitória são expressões humanas da cosmovisão universal das forças da vida em oposição, como: o "ying" e o "yang". O BaxVi é o palco de um espetáculo que reúne forças poderosas da psique humana. Neste palco os protagonistas do jogo, os jogadores, são elevados às condições de semi-deuses. Os ídolos vão aparecendo e a louvação vai se sofisticando em maneiras de expressão cada vez mais incisivas nas suas preferências. Não me falem que não tem nada em jogo e que é mais um domingo. Hoje é dia de um BaXVi decisivo onde o campeão será louvado pelos fiéis durante quase o ano todo.
Depois de duas fantásticas vitorias jogando na casa do adversário, o Bahia correu atrás da sua primeira vitória jogando no Estádio de Pituaçu, pelo Campeonato Brasileiro da Série A, na noite desta quarta-feira e mesmo com todo esforço, luta e apoio da torcida, o tricolor de aço com um time completamente desfalcado surpreendeu, fez uma boa partida, não foi inferior em momento algum diante do time paulista, mas não resistiu à força de um time invicto e líder do campeonato, e ao contrário do que desejava, amargou sua primeira derrota diante da sua torcida, que lotou e incentivou o Esporte Clube Bahia até os últimos minutos de jogo.
