Reestruturar requer tempo. Mas vá colocar isso na cabeça de um torcedor que não conquista títulos desde 2002. Sete anos é o suficiente para esgotar a paciência dos mais compreensivos tricolores – questão agravada quando o contraste com o rival acentua a distância entre os clubes.
Sexta temporada longe da Série A, caos financeiro, problemas estruturais, produção de talentos nas categorias de base estagnada. A linha sucessória manteve o nome Guimarães à frente do clube, mas a proposta da equipe do atual presidente é dar uma guinada no modelo estabelecido nos últimos anos.
“A torcida sabe em que situação pegamos o barco. Tenho certeza de que estão do nosso lado. Temos um planejamento diferente de outros anos: jogadores e comissão técnica de primeiro nível”, julga o gerente de futebol Paulo Carneiro, nome forte da reformulação tricolor.
E é preciso reconhecer que – apesar da manutenção do jejum, ratificada com a eliminação da Copa do Brasil e perda do título estadual – algo mudou nesses quatro meses de 2009. Antes que o torcedor mais exaltado atire a primeira pedra, os fatos.
O time que disputou o Baiano deste ano é realmente mais qualificado que o montado para a Série B do Brasileiro 2008. Basta comparar as referências dos elencos. Saíram Fausto, Emerson Cris, Cléber Carioca e Adilson, chegaram Leandro, Elton, Rubens Cardoso, Patrício e Nen.
O ponto de discórdia é o desacerto com Marcelo Ramos. O time não encanta, mas mantém um padrão. Ao contrário dos últimos anos, a aposta no treinado está mantida. Gallo inicia a Série B no comando da equipe. “Estamos prontos para o Brasileiro”, garante Carneiro. “Fizemos ajustes durante o estadual e requalificámos a equipe. Faltar alguma coisa, sempre vai faltar, é do futebol”, analisa.
BRASILEIRO
Os salários de jogadores e comissão técnica não sofrem com os constantes atrasos de 2008. Arturzinho revelou que passou uma hora com Galvão ao telefone, a fim de convencê-lo a viajar. O atacante deixou o clube através da Justiça Trabalhista.
Este ano, foram reformados os campos, a concentração e o refeitório. Alexandre Dortas assumiu o recém-criado centro de fisiologia. O grupo trabalha em academia particular. “O planejamento está mantido e a palavra de ordem é infraestrutura. Não podemos chegar à Série A para voltar no ano seguinte”, argumenta o dirigente, ciente, no entanto, de que independente da evolução, não há espaço para desculpas na Série B. Com informações de Eduardo Rocha do Correio
Nenhum comentário :
Postar um comentário