Agora, chegou a hora da onça beber água. Um momento decisivo para Bahia e Vitória. O Vitória, mais audacioso, vai buscar seu lugar nas quartas de final da Copa do Brasil e uma campanha melhor que a anterior no brasileirão, enquanto o Bahia sonha em voltar ao lugar que merece pela torcida que tem: a primeira divisão do nacional.
O Bahia procura não repetir erros do passado: manteve seu técnico, tem um ambiente melhor com salários pagos em dia e reconstruiu uma estrutura digna para que os jogadores sentissem prazer de jogar pelo Bahia. Muitas coisas ainda precisam ser feitas, mas é lógico que priorizar a ascensão à elite do nacional não é nada desprezível. O Bahia precisa resgatar uma dívida com sua torcida: que é retonar à primeira divisão no campo de jogo.
Porém, a série "B" não é fácil! O Corinthians foi campeão paulista praticamente com o time da série "B", o que mostra a seriedade com que deve ser encarada a competição. O Bahia terá pela frente times como a Ponte Preta, que está nas quartas de final da Copa do Brasil, times como o Juventude, que por pouco não mela a classificação rubro-negra no Barradão. O Bahia ainda terá ainda a companhia do Vasco da Gama, da Portuguesa de Desportos e do Guarani de Campinas, clubes que como o Bahia sofreram com administrações irresponsáveis.
Já o rubro-negro está muito perto de chegar às quartas de final da Copa do Brasil. Trouxe um treinador de seleção, tem uma estrutura dorsal formada faz algum tempo e jogadores que vestiram a camisa do Vitória com garra e determinação. Não resta dúvida que o rubro-negro tem possibilidades de sonhar com uma participação digna no brasileirão da série "A" e ainda disputar com possibilidade de ser campeão um torneio sulamericano nada desprezível.
Por tudo isso, desejo no fundo do meu coração que Bahia e Vitória agora sejam felizes em seus objetivos e decidam por felicitar suas torcidas com conquistas inéditas para o futebol baiano. A Bahia nunca foi campeã da séria "B" e o Vitória busca um título nacional que lhe dê o direito de disputar uma Libertadores, que o Sport-PE está disputando com grande brilhantismo.
Por um Estatuto novo já!
Continua sólido o sentido do termo pregressita. Ele representa o cidadão que defende, sobretudo, como nos ensinou o mestre Paulo Freire, a participação democrática de todos os grupos envolvidos no futuro das nossas instituições. Foram os progressista que incluíram o direito de voto aos analfabetos. Já não dá para sermos paternalistas nem excluir setores do clube sob o argumento de que não sabem o que fazer. Para mim é essencial incluir todos os setores do clube envolvidos no debate democrático para que coloquem seus projetos e que um corpo de sócios ativos decidam quem possui o melhor projeto. O debate de idéias, então, e a democracia num Estatuto como o proposto pela Revolulçao Tricolor é essencial a uma empresa que se queria longeva.
Vejamos: transparencia e fiscalização dão credibilidade ao investidor que queria patrocinar o Bahia. O clube, assim, que queira auferir lucros, num contexto de modernização do futebol, é inclusivista e valoriza as opções de seus sócios. E os sócios vêem que os lucros são fundamentais, mas não são um fim em si mesmo. Os sócios priorizam os valores da instituição e não podem ser negligenciados das decisões sob o pretexto preconceituoso que não sabem o que querem. Não podemos desconsiderar num clube como Bahia, cujo potencial de crescimento é enorme, que o torcedor seja chamado a participar num estatuto que preveja controle de gastos, limites, fiscalização e direito dos sócios votarem em seu presidente.
Nosso código cívil tinha no seu projeto uma determinação que favorecia a democracia e participação dos sócios mais ativamente nos destinos da empresa. Tudo isso para finalizar que um clube de futebol que não tem um conselho autônomo e capaz, num ambiente de tal monta que represente todos os interesses em questão, viverá sempre em crise por sua falta de regras claras a favorecer pequenos grupos que logo após o fracasso não deixam alternativas institucionalizas para outros o sucederem com idéias novas, favorencendo o mandonismo e subtraindo a soberania dos seus sócios.
PS.: Nosso Rui Carvalho assevera nossa fixação por Pituaçu, o que nos levaria sempre a desconsiderar a possibilidade de termos nosso próprio estádio. Com um lar como o Vitória tem o Baarradão, deixaríamos as taxas e condições absurdas que nos impõe o Estado.
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