Vocês acreditam que o vírus da AIDS foi criado pelo homem para exterminar os homossexuais? Acredita que o homem nunca chegou a lua, que tudo foi obra de ficção ciêntifica cinematrográfica? E por último, acredita que a princesa Diana foi assassinda? Sim ou não? Se foi sim a sua resposta é porque você acredita em teorias conspiratórias. No mundo dos Ba-vis também existem tais teorias que contribuem para que os mais afoitos procurarem as brigas como solução para as diferenças. Eis que surgem bombardeios desferidos de todos os lados com acusações recíprocas de que existiria planos para desestabilizar o Bahia e o Vitória. O Vitória apontava para a existência de um plano em curso para o Bahia ser campeão baiano de 2009, enquanto o Bahia afirmava existir conspirações para desestabilizá-lo. Ainda mais, o Vitória fazia crer que seria o Bahia o único beneficiado com a reforma de Pituaçu. Tudo isso desmoronou quando solicitaram o Estádio de Pituaçu para promoverem reformas no estádio Manoel Barradas.
Mas nos voltemos para os fatos, pois são eles que devemos interpretar e dar uma resposta mais plausível para a realidade de Bahia e Vitória. Vamos primeiro focar o Bahia. Passado o espanto pelos primeiros passos de Marcelinho no sentido de aproximar os divergentes, sentar para negociar e resolver situações conflitantes com diplomacia, vieram lembranças também de tempos em que a democracia no Bahia era algo impensável, vista como uma concessão aos opositores; a democracia era uma inimiga para os donos do Bahia, a democracia no Bahia era inaceitável do ponto de vista dos mandriões.
Pensávamos que nosso presidente ia repetir a truculência dos antigos gestores do Bahia com a oposição, mas não, faz o contrário, e convida-a para conversar, mostrando o que se pode fazer agora e o que não se pode. Fazendo assim um papel brilhante de interlocução entre as pressões de estar dirigindo um clube de massa e a habilidade política de dialogar e explicar. Foi assim que a Revolução Tricolor foi recebida por Marcelinho, que explicou e garantiu a realização de antigos pleitos dos tricolores por eleições democráticas no Bahia e divulgação da lista de conselheiros do E.C.Bahia.
Contudo, nem tudo são flores no Bahia. Aparecem aqui e ali profundas injustiças; pois enquanto os profissionais do futebol ganham verdadeiras fortunas comparados ao trabalhador brasileiro comum, os funcionários do Bahia recebem cheques sem fundo para descontar. O problema ganhou a mídia, e saiu para o combate a tropa de choque do Bahia fazendo crer que tudo não passava de manipulação para atrapalhar o trabalho do jovem presidente. O presidente do Bahia procurou então explicar que tudo não passou de um mal entendido e que resolveria a situação dos salários atrasados, provando que pagara já meses atrasados e que estava preocupado com a situação de seus funcionários. Na verdade, toda vez que uma notícia ruim sobre o Bahia ganha a mídia muitos começam a achar que há uma sórdida trama para atrapalhar os planos do Bahia. Engraçado é que essas teorias conspiratórias ganham grande espaço no rival também, quando levantam razões para o Vitória temer sobre uma possível armação para o Bahia ser o campeão baiano de 2009. Ninguém apresenta nenhuma prova, fica tudo no plano das provocações e elecubrações sobre sórdidas tramas urdidas contra Bahia e Vitória.
Vamos ao Vitória, pois nem tudo vão as mil maravilhas. Um técnico já vôou e chegaram reforços, o rubro-negro começa a querer reverter a impressão inicial quando parecia já conformado com o discurso dos mau perdedores, aludindo a conspirações para explicar os próprios insucessos. Os jogos que o Vitória estão mandando em Pituaçu também ajudaram a calar a boca de muitos falastrões que estavam promovendo um linchamento vergonhoso contra a reforma do Estádio de Pituaçu.
O Estádio não só se mostrou necessário para a maior torcida do Estado, mas também reforçou nossa convicção, com as reformas do Barradão, que Pituaçu já deveria ter sido reformado em outros governos. Uma vez que o Estado não pode se furtar de promover o desenvolvimento econômico do Estado com ações que incentivem a movimentação de riqueza. Bahia e Vitória são clubes que representam o sonho de jovens garotos de um dia se tornarem ídolos. Retirando da indigência milhares de jovens, os clubes baianos geram riquezas pelas suas atividades com reflexos em restaurantes, bares e lojas de produtos esportivos e muitas outras atividades que giram em torno do futebol.
Maurício Guimarães
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