Que saudades de Guto Ferreira! E agora? Jamais achei que diria isso de um treinador apenas mediano, mas ele fez o Bahia jogar um futebol na reta final do Nordestão e início de Brasileiro que qualquer torcedor quer ver; transição rápida, posse de bola, jogo sem chutão, um esquema de 4-2-4 para marcar a saída de bola adversária, com a posse de bola, um 4-2-3-1 bem assimilado e com amplitude, em função dos meias, Allione e Zé Rafael, jogarem bem abertos.
Só esbarrou nas limitações de elenco. Pois não tinha um centroavante finalizador e de movimentação. Edigar Júnior foi usado ali e se esforçou muito, porém, ele é muito forte aberto pela esquerda ou jogando na frente ao lado de um centroavante, como um segundo atacante.
Na minha opinião, o maior prejuízo no ano na parte de futebol foi a saída de Guto Ferreira.
Jorginho chegou e tornou o time reativo, apostando no contra-ataque dentro e fora de casa, focado no centroavante e tome cruzamento. Para piorar o cenário, ele perdeu Régis, que quando voltou de contusão não conseguiu reproduzir o futebol do 1º semestre. Não deu certo. Um retrocesso!
Agora estamos com Preto Casagrande. Um futebol meio termo entre os treinadores citados no que se refere ao esquema de jogo. Se defende no 4-1-4-1 e ataca no 4-2-3-1. Compactou bastante as linhas defensivas, mas não pressionou a saída de bola como ocorria no time de Guto jogando em casa, e nem foi reativo a extremo como ocorria com Jorginho. O time conseguiu o placar pela concentração da equipe e dedicação dos jogadores de frente na ocupação dos espaços sem a bola.
Mas o segundo tempo (contra o São Paulo)...
Achei que Jorginho tinha voltado. O time puxou o São Paulo para seu campo, que não fez gol pela sua lentidão na construção das jogadas.
Acho Preto Casagrande promissor, mas verde ainda.
E agora? Acabou o 1º turno e o Bahia vai começar o 2° turno fazendo 6 jogos seguidos apenas nos fins de semana até o dia 23/09. Intervalo de pelo menos uma semana em cada jogo, sem contar que para pegar o Atlético Goianiense fora de casa vai descansar 14 dias, em função da rodada das Eliminatórias Sul-americanas, e ainda enfrentará adversários que estão em mais de um campeonato.
Esse é o momento de pontuar, de fazer gordura. São 6 jogos em quase 50 dias. Uma raridade nesse louco calendário que temos no futebol brasileiro. Mas não temos um treinador, o que aí estar é interino.
E agora?
Penso que após esses 6 jogos estará claro se o Bahia só vai brigar para não cair ou se vai brigar por algo a mais. Se é para haver mudança tem que ser logo, não dá para para perder esse precioso período de treino, algo que Jorginho não teve.
Samuel Fonseca, de Salvador, torcedor do Bahia e amigo do Blog.
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