sexta-feira, 28 de abril de 2017

Azar ou falta de sorte: O que fez o Bahia perder o BAVI?

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O Bahia mais uma vez saiu de campo derrotado diante do maior rival e assim como no primeiro dérbi quando foi superior no segundo tempo (também com 10), nesta quinta, dominou no primeiro e cansou no segundo, poderia ter saído para o intervalo com um placar favorável. Azar ou falta de sorte. O que levou o tricolor a perder o jogo? Primeiro a perda do brocador Hernane por lesão (3 meses fora) e a entrada do atacante Gustavo que sequer esquentou o sangue e aos 19 minutos levou a chapa vermelha direta injustamente. Ontem, no mínimo, quatro expulsões deveriam acontecer. Willian Farias e Kanu pelo Leão (ambos com a bola parada). Gustavo e Edson pelo Esquadrão. Isso se o juiz utilizasse o mesmo critério em TODOS os lances. 

Não foi por falta de aviso, o ilustre Paulinho Fernando já havia cantado a pedra aqui no Blog (veja). Mas nem a atuação pífia da arbitragem foi capaz de estragar o espetáculo. Um jogaço, com todos ingredientes incluídos e misturados em um embate digno de um BA-VI valendo vaga numa final de Copa do Nordeste. Não retiro o mérito do Vitória, que fez um ótimo segundo tempo, foi eficiente e cirúrgico para pressionar e buscar a virada e garantir uma vantagem ainda que pequena, haja visto que poderia ter aproveitado esse um homem à mais para esticar o placar. Mas não podemos mascarar o que acontece em campo, é claro, não podendo ser utilizado como desculpa ou único motivo que levou à derrota que se sucedeu por um conjunto de fatores. Expulsão, oportunidades desperdiçadas e falhas defensivas. 

A expulsão não desestabilizou o Bahia que continuou controlando a partida e criando mais. Diga-se, quem ligou a TV depois dos 20 minutos (meu caso), não percebeu que o time estava com 10 homens em campo. Ainda assim, tomou o gol de empate em saída estabanada do goleiro Jean, que parece não ter amadurecido após aquela falha bizonha de 2015 que culminou com a perda do título para o Ceará. Até admiro seu esforço nos treinos, contudo, ontem o arqueiro provou mais uma vez que em jogo valendo se apequena, afrouxa e não passa confiança nenhuma. Assustou em TODAS saídas de bola mostrando insegurança. Uma lástima e com toda certeza o pior em campo. Enquanto para eleger o melhor não precisa nem de enquete ou debate. Todas as jogadas de ataque do Bahia passaram pelos pés de Allione, uma pena que os outros atacantes não estavam em noite inspirada igualmente o argentino. 

No segundo tempo, realmente, o Bahia perdeu o gás que gastou todo no primeiro tempo, sentiu o cansaço e a inferioridade numérica. Passou a jogar recuado e apostando em alguns lampejos de contra-ataque. Tomou a virada e não teve mais reação e eficiência para buscar o empate. O resultado, diante das circunstâncias do jogo, não pode ser tratada como desesperadora, ainda que, na minha opinião, o resultado mais justo fosse um empate. No duelo de volta, 1x0 dá a classificação ao Esquadrão, um novo 2x1 pênaltis, qualquer triunfo com diferença de 1 gol marcando 3 ou mais (exemplo: 3x2, 4x3, 5x4) classifica o Vitória que joga apenas pelo empate no domingo, 16h, na Arena Fonte Nova.

Para este confronto, o Bahia contará com o retorno do lateral-direito Eduardo (que cumpriu suspensão), mas o zagueiro Jackson ainda é uma incógnita. Com a expulsão de Gustavo e a lesão de Hernane, pela primeira vez no ano vamos jogar sem um centroavante fixo. Certamente no jogo de volta Edigar Junio deve ser o escolhido para fazer o papel do camisa 9, o que deixará o ataque mais veloz e móvel, porém, perde bastante poder de conclusão sem o homem de área. Guto tem que tomar cuidado com o lado esquerdo, Armero deixa uma avenida, sofreu ontem para marcar o jovem David. Acho Matheus Reis mais consistente. Ganha defensivamente e não perde tanto na parte ofensiva. Eu armaria o Bahia desta forma: Anderson; Eduardo, Tiago, Éder (ou Jackson) e Matheus Reis; Renê, Edson e Régis; Zé Rafael, Allione e Edigar.




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