Para abrir o texto, facilito qualquer discussão ou debate afirmando que sim, o Paraná mereceu a vaga. Foi mais inteligente e soube se portar nos 180 minutos. Estrategista e eficaz em Salvador, construindo um resultado muito confortável, tão confortável que só teve o trabalho de administrar em Curitiba, sem a necessidade de balançar as redes, afinal, o Vitória, que precisava de no mínimo dois e sequer fez um, ainda não mostrou em 2017 a valentia e astúcia de quem fosse capaz de vencer fora de casa com autoridade um time que não é excelente, longe disso, contudo, é bem montado, organizado e consistente, principalmente quando atua na sua residência, onde também despachou outro baiano da Copa do Brasil, o Esporte Clube Bahia.
O que aconteceu nesta noite não foi uma surpresa, seria se o Vitória conseguisse reverter o resultado do jogo de ida, como foi surpreendente e inesperado o triunfo do Paraná no estádio Manoel Barradas. O Leão não foi eliminado esta noite no estádio Vila Capanema, e sim lá em Salvador dentro do seu Santuário quando foi superior, criou mais oportunidades, mas não teve a eficiência dos paranaenses que mataram a partida em dois contra-ataques mortais e saíram da Capital Baiana praticamente com a classificação na bagagem. Porém, somente nesta quarta foi oficializada e decretada a classificação do Paraná Club, para tristeza do ilustre VovôMundico e ainda mais do gerente de futebol Sinval Vieira, que teve seu sonho frustrado inesperadamente por um time de Série B após eliminar de forma aguerrida um time de Série A.
Recapitulando as palavras de Sinval ainda em janeiro deste ano: “Gosto de Campeonato Baiano e gosto de ganhar. Agora, Copa do Brasil, isso é um pensamento meu, é um caminho para galgar coisas no futuro. A Copa do Brasil é estratégica para mim. Uma coisa que podemos galgar com menos dificuldade que no Brasileiro. Vou dar importância para a Copa do Brasil. Não quero dizer que uma tem maior relevância que a outra. Mas a Copa do Brasil está na minha cabeça”, sonhou. Mas está perdoado, afinal, pior fez o ex-presidente Raimundo Viana que cravou o Leão na Libertadores em 2016 e quase foi rebaixado.
O sinou bateu, o sonho acabou e a Copa do Brasil não está mais na cabeça de Sinval e já faz parte do passado para o time de Argel que vinha atropelando tudo igual um trem desgovernado, mas saiu dos trilhos e, há três jogos sem vencer, tentará retornar aos trilhos e fazer as pazes com os triunfos no domingo ao lado do seu torcedor. O foco muda novamente e agora se vira para o Campeonato Baiano onde tem um jogo não tão complicado, mas ainda indefinido (após o empate em 1x1 no Lomanto Júnior) diante do Vitória da Conquista, no Barradão, valendo vaga na final do estadual, isso com a cabeça certamente no Bahia, adversário do dia 27 (quinta) pelo primeiro duelo da semifinal da Copa do Nordeste, também no estádio Manoel Barradas. Semana decisiva. Haja coração!
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