quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Em campo de várzea, Bahia empata com a Jacuipense

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Em um jogo de "três tempos" e de entediantes 135 minutos fora os acréscimos, fazendo jus ao que se espera do decadente e tenebroso Campeonato Baiano, o Esporte Clube Bahia ficou apenas no empate sem gols com a Jacuipense em confronto sofrível e duro de assistir em Riachão do Jacuípe, no estádio Eliel Martins, popular Valfredão, diga-se, com problemas no vestiário, refletores sem iluminação atrasando o início da partida em 45 minutos e quando finalmente a bola começou a rolar, presenciamos um campo escuro, um gramado ridículo e irregular, quase impossível de se praticar futebol. É como destacou Guto Ferreira. O jogador espera a bola no pé e ela vem no joelho ou na cintura. Lamentável a situação deplorável do estádio, e foi reformado dois anos atrás, imagine. 

Novamente na base do "rodízio", estratégia adotada por Guto neste início de 2017, o Bahia entrou em campo com um time mais uma vez mesclado e com apenas dois jogadores considerados titulares: Juninho e Régis. Destaque para o zagueiro Rodrigo 'Becão' e o lateral-esquerdo Juninho Capixaba, revelados na base tricolor e que fizeram suas estreias como titular ambos atuando com muita segurança e mostrando serviço. Em um campo em péssimas condições, não tinha como esperar muita coisa das duas equipes. Vimos um primeiro tempo brigado, mas de pouquíssima qualidade técnica, com muitas disputas e chutões, poucas emoções, e um 0 a 0 justo ao final da etapa inicial.

No segundo tempo, nada mudou, quase um replay do primeiro, o gramado continuou sendo o destaque (negativo) principal do jogo que era tão ruim, mas tão ruim, que os 90 minutos demoraram uma eternidade para passar. Sem um camisa 10 de verdade, afinal, Régis é apenas um jogador esforçado, mas inútil na criação, nunca foi armador, o Bahia teve as mesmas deficiências dos jogos anteriores, a improdutividade. Falta um jogador no meio que chame a bola de "você", que cadencie o jogo, que faça a distribuição das jogadas e a ligação com os pontas, posição que estamos carentes. Chega a ser injusto criticar o camisa 9 que sofre lá na frente isolado à espera de UMA bola redonda e sendo pouco acionado.

Na etapa final, na mesma sonolência e chatice de sempre, Guto Ferreira testou os jovens Kaynan, João Paulo e Matheus Peixoto, sacando o trio de ataque formado por Mário, Diego Rosa e Gustavo. O jogo, que começou e terminou com cara de 0 a 0, seguiu sofrível e mesmo se tivesse mais 45 minutos, não teria bola na rede o placar permaneceria inalterado. Com o empate, o Bahia soma 4 pontos e lidera provisoriamente até o complemento da rodada quando deve ser ultrapassado por Vitória ou Vitória da Conquista que se enfrentam nesta quinta. O próximo desafio do Esquadrão é no sábado, às 21h30, contra o Moto Clube, pela Copa do Nordeste, com o retorno esperado dos titulares e menos sofrimento.

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