O Esporte Clube Bahia faz neste sábado seu último jogo na temporada e certamente o mais importante de um ano sofrido e de muitas incertezas. O jogo da redenção, que não apaga, mas ameniza os desastres do primeiro semestre com as consequentes eliminações no campeonato estadual e regional, é claro, só é possível com a conquista do acesso, tratado como o principal objetivo do clube em 2016 e muito próximo de ser oficializado. O Esquadrão não depende de ninguém, apenas de si próprio, a tarefa não é tão complicada ou um bicho de sete cabeças como já chegou a ser. É previsível e totalmente normal arrancar um triunfo ou no mínimo um empate diante do já campeão Atlético-GO lá em Goiânia que garante o ACESSO, feito que fora alcançado em 2010 quando conseguimos a vaga na elite sem contestações e ficamos por lá até 2014 acabando por ser rebaixado.
O Bahia tem mais tradição, tem um time mais qualificado, com jogadores individualmente decisivos, enquanto o adversário, apesar de não ter uma equipe de encher os olhos, tem um coletivo mais consistente, mais regular e efetivo, talvez por isso conquistou o acesso e o título de forma antecipada e com méritos. O que pesa negativamente é o aproveitamento do tricolor fora de Salvador, único fator preocupante nessa Série B e que sempre deixou uma pontinha de desconfiança sobre o time. Porém, é inadmissível a não conquista deste acesso, depois de muita luta e sofrimento, os torcedores merecem ao menos um motivo para sorrir em 2016. Eles compraram a ideia do time no 2º turno, acreditaram, apoiaram e jogaram juntos sendo o 13º jogador, então, depois de tanta aflição e ansiedade, será injusto caso neste sábado o Esquadrão não conquiste o retorno a divisão principal.
Depois de um primeiro turno vergonhoso, o Bahia amadureceu e evoluiu na segunda parte do campeonato, é claro, por conta da reformulação da diretoria que dispensou algumas "laranjas podres" e buscou reforços pontuais e certeiros como o goleiro Muriel que chegou e assumiu a meta logo de cara, o lateral-direito Eduardo, que supriu uma lacuna preocupante até então sem dono absoluto, o zagueiro Tiago que deu segurança ao setor defensivo atuando ao lado de Jackson, o volante Luiz Antônio, que contribuiu bastante seja na parte defensiva como ofensiva fazendo gols importantes, além dos coadjuvantes Renê Júnior e Victor Rangel. E, apesar das constantes críticas, inclusive de minha pessoa, não posso ser injusto e desmerecer a importância do técnico Guto Ferreira que, por mais que não seja uma unanimidade para boa parte da nação tricolor, tem seus méritos caso essa conquista venha a acontecer.
Em 3º com com 63 pontos, o Bahia tem três possibilidades de conseguir o acesso, mas apenas em duas não dependeria de outros resultados. Vencendo ou empatando. Fora isso, há chance de subir mesmo perdendo, caso Vasco ou Náutico tropecem mesmo jogando em casa contra Ceará e Oeste, respectivamente. Mas não precisa tanto sofrimento, né? Enquanto o adversário dos vascaínos não tem mais ambições no campeonato, o desesperado Oeste encara o Timbu precisando apenas do triunfo para não correr risco de ser rebaixado caso o Joinville vença o Vila Nova em Santa Catarina. Seria sensacional ver Bahia e Náutico na Série A, quem sabe, fazendo companhia a Sport e Vitória, contudo, acredito que o Vasco faça sua parte e conquiste juntamente com Bahia e os já elitizados Avaí e Atlético-GO o tão esperado e sonhado acesso. Mas como o futebol é imprevisível, tudo pode acontecer.
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