O momento ruim vivido pelo Esporte Clube Vitória na Série A é um prato cheio para os críticos que sempre tentar achar um culpado, dessa vez o escolhido foi o meia-atacante Marinho que foi irônico quando perguntado se não seria muito "delegado" dentro de campo. Na gíria do futebol, delegado é aquele jogador fominha que prende muito a bola e demora a fazer o passe. Se é ou não, a verdade que o atleta exerce um papel importantíssimo na equipe do Vitória, sem dúvidas o principal jogador do time rubro-negro, o mais presente e aquele que mais se destaca, os números provam isso. Apesar de ser atacante, é o quarto jogador do elenco com mais desarmes certos na equipe no Campeonato Brasileiro, com 29 roubadas de bolas, perdendo apenas para Victor Ramos (44), Willian Farias (42) e Diego Renan (39).
Os scouts ofensivos também impressionam. Ao todo, em 34 jogos na temporada 2016 (2968 minutos em campo), Marinho já marcou 13 gols, média de 0,38 Gols/Jogo, sendo Campeonato Baiano (3 gols em 10 jogos), Copa do Brasil (6 gols em 4 jogos), Copa Sul-Americana (nenhum gol em 2 jogos) e Campeonato Brasileiro (4 gols em 18 jogos). Vale ressalvar que o jogador não é um artilheiro nato e está há 50 dias sem balançar as redes, mais precisamente 9 partidas na seca, talvez por isso a cornetagem. Sob a fama de "delegado", o camisa 7 admitiu ser individualista, mas ressaltou que faz parte do seu estilo e ironizou o rótulo recebido: “Não estou prendendo ninguém e muito menos mandando soltar" e rebateu completando "Quando eu faço o gol e a gente consegue ganhar, ninguém fala isso".
Veja a entrevista completa:
“Não estou prendendo ninguém e muito menos mandando soltar. É o futebol. É assim que eu jogo. Muita gente às vezes fala que eu não toco a bola. Tento fazer o melhor para a equipe. Quando eu faço o gol e a gente consegue ganhar, ninguém fala isso. Quando o resultado começa a ser adverso, muitas críticas começam a aparecer. Mas enfim. Não estou preocupado com críticas. Estou preocupado em fazer o meu melhor e ajudar o Vitória. [...] Isso mostra a importância de cada um, principalmente o trabalho que é passado para mim. Eu sou atacante, mas na maioria das vezes estou sempre ajudando. Sempre tentando fazer o melhor e ajudando a equipe. Pois isso aqui é um grupo. É sempre bom, mas prefiro mais fazer gol do que roubar bola. Acho que é função que faço sempre melhor é marcar gol do que marcar adversário. Mas não posso fugir do que é passado para mim e vou continuar marcando”
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