De olho na implantação de um novo futebol brasileiro –com democracia, transparência e profissionalismo–, o presidente Fernando Schmidt e o gerente jurídico Vitor Ferraz, estiveram no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, onde foi discutido o Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos (Proforte – Projeto de Lei 6753/13) e o projeto que trata da renegociação de dívidas dos clubes de futebol com a União (PL 5201/13).
“Esse é o grande legado, além do hexacampeonato da seleção, que a Copa do Mundo pode trazer ao futebol nacional”, disse Schmidt.
Ele acredita que a audiência conseguiu “arredondar” o projeto do Proforte. “Nossa expectativa é de que possa ser aprovado o quanto antes pelo Congresso”, afirmou, lembrando que o Bahia é pioneiro em relação às questões debatidas, como democracia, transparência e profissionalismo.
“Esse choque desses novos paradigmas é o que o futebol brasileiro está precisando. Não é possível que continuemos com a mesma estrutura envelhecida e superada então está vigente. O futebol não pode ser dirigido exclusivamente pela CBF e pelas federações. Há outros atores hoje, como as arenas e os jogadores organizados. Ainda vivemos no sistema de capitanias hereditárias”, completou Schmidt.
O projeto a autoriza a renegociação das dívidas dos clubes de futebol participantes do Timemania e muda as regras do concurso para torna-lo mais atraentes. A proposta isenta o prêmio de Imposto de Renda e muda a destinação dos valores arrecadados, além de criar apostas online.
Com base nos balanços de 2012, o volume da dívida dos principais clubes chega a R$ 2,5 bilhões. Se incluídos os clubes menores, esse valor ultrapassa R$ 4 bilhões.
Pela proposta dos clubes, apresentada na Câmara, 5% do total da dívida seriam pagos até 2015, 25% até 2021, 35% até 2027 e o restante até 2034. O projeto original do Proforte também prevê a amortização da dívida ao longo de 20 anos, mas com um volume maior de pagamento nos primeiros anos, o que pressionaria a receita dos clubes e geraria novas inadimplências, na opinião dos dirigentes.
“Aqui ninguém está pedindo anistia para o governo federal. Estamos pedindo, sim, um marco zero e que, a partir desse marco, haja uma efetiva responsabilidade dos clubes, com os gestores respondendo pelo seu cumprimento. Os aperfeiçoamos surgidos após as
discussões melhoraram o projeto original”, falou o presidente tricolor.
Schmidt finalizou: “O mais importante talvez seja a ideia de se formar uma comissão permanente para não apenas acompanhar a aplicação da futura lei, como também ser um fórum permanente de discussão para receber críticas e cada vez mais melhorias”.
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