terça-feira, 23 de abril de 2013

Franciel: Assombrações São-Franciscanas*

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Ao contrário da doce infância do menino Casimiro de Abreu, a aurora da minha vida, que os anos não trazem mais, nunca foi habitada somente por amor, sonhos, flores e tardes fagueiras. Nero ar. Além da seca medonha, que me tangeu de lá pra cá (alô, Patativa do Assaré), padecia com diversas outras assombrações. 

E uma das mais terrificantes, especialmente para quem, como este nostálgico locutor, cresceu razoavelmente próximo às margens do Rio São Francisco, eram as tenebrosas Carrancas. 

Amigos de infortúnios, em verdade lhes confesso: aquelas imagens com dentes afiados, cabeleiras longas, olhos esbugalhados, testas imensas, meio gente, meio bicho, perturbavam nosso imaginário com mais força do que os horrendos refrões da novíssima música baiana. Não era à toa que os barqueiros de antanho as colocavam na proa das embarcações para espantar os maus espíritos. Aliás, aos desprovidos de sabença.... ( Clique aqui)

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