Desde o anúncio de sua candidatura, Marcelo Guimarâes vem batendo nessa tecla e, valendo-se da amizade com empresários da OAS, tomou a iniciativa de propor a parceria inédita. O que não dá para entender é por que se investiu tanto no Fazendão, que, este ano, teve os campos revitalizados, ganhou academia e até um novo centro de fisiologia. Isto às custas de “amigos do clube e de Marcelinho”, torcedores apaixonados e sofredores incorrigíveis, que bancaram a reforma, a cifras trancadas a sete chaves pela direção tricolor. Dizem que o investimento chegou a R$ 1,2 milhão.
Mais incompreensível ainda do que a futura demolição do Fazendão revitalizado, a se confirmar o acordo com a OAS, é a postura do departamento de marketing da construtora, que declarou ao Jornal da Metrópole desconhecer a parceria e, portanto, não ter nada a declarar.
Resta saber se as proclamadas mudanças fora de campo vão suprir a necessidade da torcida tricolor, que não sabe o que é comemorar um título desde o Campeonato do Nordeste, em 2002. São longos – e, ao que parece, intermináveis – sete anos de absoluto jejum.
Avaliação do terreno
Quando começaram as negociações entre Bahia e OAS, surgiram duas possibilidades: a troca do Fazendão por um novo CT ou por um estádio próprio. A primeira opção prevaleceu, e o Bahia deve deixar o Fazendão pela promessa de um centro de treinamentos moderno e com estrutura avançada. Em nove meses de conversas com a OAS, ficou definido que o centro de treinamento terá 250 mil m² – contra 20 mil m² do Fazendão –, com oito campos profissionais e estrutura.
Para o time principal e as divisões de base, com hotelaria, concentração, academia, refeitório, prédio administrativo, dentre outros.
A negociação está na fase de avaliação do terreno. “Queremos saber se é viável a construção do CT na região e se ela vai ser liberada pela prefeitura e pelos órgãos responsáveis”, lembrou. Somente depois disso, o projeto será orçado. “Esperamos que o valor para fazer o novo centro seja menor do que o estipulado para o Fazendão”.
“Mas, por enquanto, não temos número nenhum”, afirma Marcelo Guimarães Filho, acrescentando que a Bahia só entregará o terreno quando o novo CT estiver. Pronto e em condições de uso.
A parceria da OAS com a Bahia vai além da construção do novo CT.
Este ano, a construtora fez contratos para a publicidade de dois empreendimentos na camisa tricolor. O patrocínio temporário foi feito paralelamente com a Vitória, que deve ganhar um contrato mais longo. A dupla BA-VI assinaria por 15 meses.
Com a construtora, mas, como as negociações estão emperrando, o patrocínio deve sair somente em 2010.
Nenhum comentário :
Postar um comentário