Encontrei no último domingo, na praia de Guarajuba, um hoje colega, que foi meu professor e orientador de mestrado no ano de 2006, alguns anos mais tarde quando coordenava o núcleo de pós-graduação de uma determinada faculdade, o convidei para ministrar aulas em algumas turmas. Ele tinha o hábito de ministrar aulas de Filologia Românica com um fone em uma das orelhas para escutar os jogos do Vitória, aquela era uma época de série C e saber se vencíamos o Ferroviário – CE ou o Ipitanga era muito importante, dá uma dor só de lembrar que jogamos contra a equipe de Lauro de Freitas, que mandava seus jogos em Terra Nova, pelo campeonato brasileiro.
O referido colega é um espanhol torcedor originalmente do Galícia, mas que devido ao tempo que o azulino ficou em inatividade resolveu adotar o rubro-negro como time do coração. O encontrei debaixo de um sombreiro acompanhado de um isopor carregado de uma cerveja importada que leva o nome da mesma região da Espanha que empresta o nome ao primeiro tri campeão do nosso Estado e outrora conhecido pela alcunha de demolidor de campeões.
Entre um gole e outro da bem gelada cerveja, lhe perguntei qual a razão de ter escolhido o Vitória e não o nosso rival, o Bahia, o camarada começou desenvolvendo o argumento de que jamais vestiria uma camisa que estampa as cores da potência opressora imperialista. Disse que prefere o vermelho e preto dos, segundo ele, guerreiros povos da Paraíba, a nossa torcida inclusive usa o dizer da bandeira paraibana como grito de incentivo ao time, e de Angola e que também estampava as bandeiras da revolução sandinista.
O camarada finalizou sua argumentação dizendo que a Bahia deveria copiar o exemplo da Catalunha e de maneira unilateral decretar a sua independência do Brasil, mesmo lhe lembrando que recebemos ajuda dos irmãos alagoanos, sergipanos e cariocas em nossa guerra contra os portugueses em 1823 ele quebrou a minha argumentação dizendo que com a conquista da independência o Vitória estaria na Libertadores todos os anos. Até que não seria uma má ideia.
Alex Oliveira, torcedor do Vitória e amigo do BLOG.
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