sábado, 14 de outubro de 2017

O que tem o Corinthians que Bahia e outros não tem?

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Sei que não tem nada a ver, mas... O que é que o Corinthians tem? Que os outros não têm? Um elenco? Os outros têm! Um técnico, todos têm! Ah! Dizem por aí que, a diferença está aí, é o técnico! Para mim mais um aculturado pelo eurocentrismo criado pelos "Guardiolas" da vida, que já revelou para Europa e o mundo, que sua performance técnica, nada mais é que um arremedo do estilo de jogar das inesquecíveis Seleções de 58, 62, 70, 82 e 86. 

Não obstante, todos se rendem aos encantos do neo-futebol, e tentam imitá-lo. Mas de novo mesmo, nada tem! Na minha concepção amadorística o novo mesmo foi o aportuguesamento da terminologia futebolística. O hoje Curintia, parece ser do “caralho”, mas é do Fábio Carille. Que para mim não há diferença alguma. Este, vivenciando o invejável desempenho atual. É tido pelos profissionais da mídia, com todo seu ufanismo barrista e seletivo, de quem sabe mais de tudo, como ninguém. 

Que o Carille, ou aquilo mesmo!
É o cara do momento, é dito pelos quatros cantos das redes fechadas e abertas. Que o moço, até ontem neófito na direção profissional de um grande clube, surfando em águas calmas, do Rio Tietê, graças aos resultados momentâneos, que o mesmo têm um pouco do Tite daqui e dos de lá. Têm um jeito de jogar do eurofutebolcentrismo dos “mestres” do além-mar. Eu que nada tenho, nada sei, o que pensar, o que dizer? Devo ou não esboçar o que entendo ou não disso, tudo? 

E pensando nisso, ouso expressar como vejo o Curintia, se estou certo ou errado, não estou nem aí, não sou do ramo, meu galho é outro, contudo, não posso deixar de dizer o que sinto, pois tem hora, que enche o saco ouvir falar que lá pelo além-mar, se joga o melhor futebol do mundo. É lógico que é verdade, mas daí dizer que a fórmula deles jogarem é algo de novo, é um novo paradigma, é aceitar vinte por da Vinc, não tem nada a ver. Perdoe-me pela pobre analogia. Nesse contexto, peço, por gentileza aos meninos mestres do Blog, aos “universitários” que deem sua opinião. Acerca do que é que o Corinthians tem? 

Porquanto, para mim, ele tem mesmo é um futebol burocrático, enfadonho, disfarçado de pragmático, futebol de executivo em campo. Mas, tá dando resultado, e enfeando os gramados. Ganha, mas não ganha meus aplausos, não me convencesse. É espetáculo maçante de assistir, sem alegria, sem arte, sem cheiro e gosto de um abará, de um chimarrão, de feijoada uma paulista ou carioca. E um futebol estudado, chato, um futebol de Nerd, e nesse aspecto, tô com o antipático Renato Gaúcho, ao falar sobre os tais técnicos estudiosos: “Quem não sabe estuda”, permita-me, e nada aprende, pois não há nada de novo no futebol nos times dos Guardiolas da vida, nem tampouco no Curintias! Exceto, o futebol feio! Tão feio quanto o suar irritante do tic tac do relógio. 

Pois, de novo mesmo, é que em campo, em todos os times vejo pontas nas esquerdas e diretas, só que não estão fixos nelas. A tal marcação alta, compactuarão, em tantas outras baboseiras, a seleção de 70, treinada pelo Mestre João Saldanha, já fazia com galardão. E o Curintias essa suposta nova sensação, o seu técnico, aprendeu com Tite, e Tite com os Tites de lá, e por aí vai... De novo mesmo é essa pecha de dizer que o velho está superado, superado por quem, o que há mesmo de novo nessa merda que é jogado atualmente? E tem mais: agora para ser técnico no Brasil, exige-se diploma europeu, até o nosso terno ídolo de 88, nosso “Anjo 45”, Charles Fabian esteve pelas bandas de lá, e deu no que deu, né? 

Virou uma coqueluche, a escola europeia de futebol, tornou-se um liceu futebolístico inquestionável. É foda como o atavismo do colonialismo europeu, o ainda persiste, e como por aqui! Todos os nossos técnicos que já passaram, por lá, têm agora PHD em futebol. Mas só no papel, na teoria, pois na prática não há nada de novo. Pergunte a quem teve o privilégio de ser contemporâneo e ter visto com os próprios olhos as recentes, deixando de lado as 58 e 62, as seleções de 70, 82 e 86. Que as viu dar show em campo, pode e deve exigir mais do nosso futebol, do que hoje é jogado. Porquanto, o que o Corinthians tem, todos os outros têm! E o que o Curintias e os outros não têm, é o que tinham as seleções daquelas décadas. Encanto, arte, classe, o jeito moleque de se jogar, agradar e nunca mais deixar de amar o futebol arte!

Lázaro Sampaio, tricolor, amigo e colaborador do Blog.

( Texto recuperado) 

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