domingo, 30 de julho de 2017

O Bahia do passado e o Bahia do presente

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Sou um leitor assíduo do Blog. Diariamente consumo os excelentes textos publicados por aqui, me posicionando por diversas vezes. Notei que nessa semana um assunto tem tomado conta das discussões. Só nos últimos três dias foram seis textos falando do mesmo tópico: Paulo Maracajá x Marcelo Santana, ou, como prefiro chamar, Passado x Futuro. 

Inicialmente refutei a ideia de escrever outro texto falando da mesma coisa com receio de parecer repetitivo. Mas uma reflexão mais apurada me impeliu a discorrer a respeito. Contudo, prometo ser o mais direto possível, até porque muito do que precisaria ser dito já foi apreciado noutras publicações.

Antes de mais nada preciso negociar com você algumas premissas. Não precisa concordar, mas vai ser importante expô-las para que haja um entendimento mais apurado do que pretendo passar.  A primeira delas é que o futebol de hoje não é o futebol de 30 anos atrás, seja dentro ou fora das quatro linhas. Outra diz respeito ao amor pelo clube. Pode soar frio, mas esse sentimento é secundário na administração de uma agremiação, o que importa primordialmente é competência e profissionalismo. A última faz referência ao que se planeja. O abstrato se transforma em concreto na execução de um bom planejamento.

Pois bem, se você concorda com as premissas supraditas não terá dificuldades de entender meu ponto de vista a respeito do próximo pleito eleitoral que teremos no final deste ano no Bahia. 

Para ser direto: Paulo Maracajá não pode ser presidente do Bahia. Se ainda lembra do que escrevi um pouco acima, sabe porque estou sendo tão categórico. O antigo presidente do Esquadrão não reúne as características, recentemente atualizadas, para gerir um clube de futebol.

Não tenho nada contra o ex presidente em questão. Foi na gestão dele que tivemos nossa maior glória, isso ninguém apagará. Mas essa eterna gratidão não pode servir de argumento para querê-lo de volta. O futebol mudou muito! Virou gestão de negócios. Saem os coronéis, entram os CEOs. 

Poderia ilustrar minha perspectiva dando como exemplo a comparação entre dois clubes brasileiros que representam bem essa dualidade passado x futuro: Vasco da Gama e Atlético Paranaense. O primeiro representa o que passou e não dá mais certo, a mão de ferro, a personificação num clube de futebol. O Vasco tem a quinta maior torcida do país, mas é apenas o quarto time do Rio há algum tempo. Já o segundo é o que temos de mais profissional na gestão de um clube futebol no país. Tendo apenas a 16ª maior torcida entre os times brasileiros, frequenta a libertadores com regularidade e possui um estádio de primeiro mundo. O presidente do clube, eleito em 2011 e reeleito em 2014, diz que o grande objetivo dele como presidente é dar condições para que o Atlético Paranaense conquiste a taça do mundial de clubes até 2024. Eu, sem a intenção de trazer força argumentativa ao que escrevo, não duvido que possa acontecer. 

Mas, voltando ao que é nosso, setencio: Vasco é Paulo Maracajá e Atlético Paranaense é Marcelo Santana. O Vasco (Paulo Maracajá) conquistou muito no passado, campeão de quase tudo, mas briga nos últimos anos para que não seja rebaixado. Já o Atlético Paranaense tem um passado tímido, é "pouco rodado", mas desenha um futuro muito mais promissor e possível.

Poderia resenhar por mais linhas, contudo acredito que já deixei transparecer o que penso. Meu desejo é que a batalha fique no campo das ideias, e que não se torne um reflexo do que vemos hoje no cenário político brasileiro. Que a razão suplante o ódio.  

Saudações Tricolores,

Jones Jr., de Salvador, torcedor do Bahia e amigo do blog.




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