segunda-feira, 3 de julho de 2017

Jorginho, por favor, devolva o meu Bahia!

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Assistindo ao banho de bola que o Bahia tomou do Vitória no BAVI deste domingo, no estádio Manoel Barradas, uma discussão surgiu entre Eu e um Amigo: Até que ponto vai a vaidade do ser humano para provar suas convicções? Ir bem utilizando o método, estilo e identidade de outro profissional ou cair tentando implementar as suas convicções?

Passados 8 jogos, o Bahia de Guto parece um vulto distante no retrovisor do Bahia atual. Aquele time compacto, que sofre pouco, que gosta da bola, eficiente, rápido, criativo e inteligente não existe mais. O time de hoje é um arremedo de conjunto, espaçado, facilmente batido no um-dois, com pontas fixos, sem a característica troca de posições entre o trio Zé/Allione/Régis, sem criatividade, refém de bolas aéreas e com um jogador no ataque INOPERANTE, mas que, inexplicavelmente tem o AMOR do treinador, MENDOZA.

Este rapaz (Mendoza) já provou que não tem condições de ser titular, imagine atuar como 9, como 10, ou como um jogador útil no estilo de jogo do nosso querido tricolor: triangulação, bola em diagonal, movimentação no último terço do campo adversário em espaço reduzido. A dele é a corrida. Seria um bom corredor de 100 metros rasos, mas como futebolista, é um profissional medíocre. Mas, pior que ele é quem o escala de maneira insistente. Muito vejo em todos os espaços críticas ao elenco pobre e a diretoria do Bahia, mas o jogo deste domingo tem nome e sobrenome no atestado de culpa: JORGE DE AMORIM CAMPOS. A postura do Bahia foi digna de um time de Série C.

Decisões equivocadas se acumulam e um futuro tenebroso parece inevitável num curto prazo no Bahia. O elenco, limitado, mas que HOJE tem valor pra fazer um campeonato razoável, está sob a batuta de um profissional perdido, alguém sem leitura de jogo e a menor capacidade (julgando as demonstrações até aqui) de ser comandante de um clube com a grandeza e proposta do Bahia. Num Vasco retrógrado talvez ele encaixe, aqui, não! 

Esse conjunto de falhas arriscou o ponto no Barradão, que só veio pela deficiência do rival e grande atuação de Jean. É uma sucessão de erros. Manutenção de Armero e Mendoza durante os 90 minutos, permitir que insistentemente o Bahia tentasse a ligação direta pra Mendoza que, obviamente, não ganhou UMA bola aérea contra a alta zaga do Vitória. Outra falha é a falta de critério na escolha das peças. Contra o Corinthians inventou Feijão e Becão. Contra o Palmeiras inventou João Paulo no lugar de um volante, escancarando o time. Contra o flamengo, jogo subsequente ao Corinthians, Feijão, titular "ontem", foi para o banco e virou terceira opção, e Becão foi a opção para entrar no lugar de Lucas Fonseca. 

No BAVI quando saiu a escalação, Matheus Sales, que foi terceira opção contra o Corinthians, virou titular, já Matheus Reis que era o titular há mais de 5 jogos foi para o banco, João Paulo que jogou de 9 na base ficou no banco, já Mendoza que não tem característica alguma de 9 foi o escolhido para posição. Na zaga, Becão já virou o reserva, entrando Éder, que nunca havia sequer entrado virou titular na Série A. Quer dizer, o que é isso? Que bagunça é essa, amigão? Não contesto nem os nomes em si, mas a dança de critérios, como jogadores vão de titular a terceiras opções em um espaço de dias, alguém explica? Pior que isso é a manutenção de um esquema inoperante durante 90 minutos, principalmente ofensivamente, já que o escolhido Mendoza era, de maneira clara e óbvia, engolido pela fraca zaga do vitória. 

Jorginho conseguiu transformar um time com cara de time em um bando de 11 homens que pareceram nunca terem jogado juntos. Prejudicou a produção do time inteiro, individualmente falando. Sacrificou Zé, que não teve companhia na área em que mais gosta de atuar, o centro do último terço adversário, anulou Allione (um lance característico foi uma sequência de dribles pro lado que o Argentino deu para tentar encontrar UM companheiro disponível para receber a bola, sem sucesso) ao VETAR a mudança de posicionamento do trio ofensivo, sobrecarregou os volantes com o espaçamento das linhas e a falta de qualidade defensiva de Armero, além de manter o erro ATÉ O FIM. 

João Paulo, foi 9 na base, não recebeu a chance de mostrar seu valor jogando ali, mas MENDOZA jogou 90 MINUTOS de jogo no Barradão. Juninho Capixaba parece esquecido no Bahia, Matheus Reis, o "ruinzinho" que não compromete, foi trocado pela avenida colombiana Armero que ficou aberta durante 90 MINUTOS. Como se não bastasse, até a movimentação ofensiva, a troca, o que chamam atualmente de "flutuar" do meio do Bahia, o professor tirou. O Bahia atualmente é triste. Parabéns, Jorginho!

O plantel do Bahia carece de valor, o clube carece de dinheiro, mas HOJE o MAIOR problema do Bahia senta no banco de reservas. 

Jorginho, devolva meu Bahêa!

Matheus Chaves, torcedor do Bahia e amigo do Blog.

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