A situação política do Esporte Clube Vitória é confusa e seu entendimento se torna quase inacessível para aqueles que não vivem o dia a dia do clube, ou não acompanha como compromisso e devoção seus fatos e atos seus desdobramentos e suas consequências. É o meu caso.
Recordo que recentemente numa tentativa de trazer ao BLOG informações acerca deste assunto que vem movimentando a vida do Leão e me deparei com figuras importantes que trocam cartas no baralho rubro-negro, com o nome Ricardo David, por exemplo, nome do qual não tenho qualquer conhecimento de onde veio para que veio, para onde vai ou qual o seu valor na vida atual do leão.
Portanto, admitindo ser portador de uma espécie de “doença” crônica e generalizada do desconhecimento sobre este tema e tentando traduzir aquilo que vem após os pontos finais, a solução foi recorrer ao rubro-negro Mário Pinho, que no site Arena Rubro-negra de dedicação exclusiva ao Vitória, publicou ainda estes dias um belíssimo texto onde trata do assunto com a autoridade e propriedade de um autentico rubro-negro.
Recordo que recentemente numa tentativa de trazer ao BLOG informações acerca deste assunto que vem movimentando a vida do Leão e me deparei com figuras importantes que trocam cartas no baralho rubro-negro, com o nome Ricardo David, por exemplo, nome do qual não tenho qualquer conhecimento de onde veio para que veio, para onde vai ou qual o seu valor na vida atual do leão.
Portanto, admitindo ser portador de uma espécie de “doença” crônica e generalizada do desconhecimento sobre este tema e tentando traduzir aquilo que vem após os pontos finais, a solução foi recorrer ao rubro-negro Mário Pinho, que no site Arena Rubro-negra de dedicação exclusiva ao Vitória, publicou ainda estes dias um belíssimo texto onde trata do assunto com a autoridade e propriedade de um autentico rubro-negro.
Vale a pena.
Um semestre após a primeira grande eleição na história do Esporte Clube Vitória, expectativa e euforia dão lugar à preocupação e às críticas. Eleita em dezembro, a chapa intitulada “Vitória do Torcedor” não atingiu as metas prometidas durante a campanha, fato que gera insatisfação da torcida, sobretudo nos resultados dentro de campo.
O grupo liderado por Paulo Catharino, presidente do Conselho Deliberativo, incumbiu ao professor Ivã de Almeida a missão presidir o clube de forma transparente, e ao radialista Sinval Vieira uma gestão profissional para o futebol.
Mas após seis meses de comando, só Catharino conseguiu cumprir alguma das promessas de campanha. Reformulou o estatuto do clube e resolveu uma demanda histórica para o Vitória, que era aproximá-lo de uma real democracia.
Só que nos outros setores o barco furou. A política implantada por Sinval Vieira não trouxe os resultados esperados por todos, muito por conta de sua “filosofia atrasada”, dizem os especialistas.
Integrantes da Vitória do Torcedor durante a inscrição de chapas para a eleição em 2016. Foto: Diogo Lima/Arena Rubro-Negra
As trapalhadas de gestão também pesam nessa conta. Muitas contratações equivocadas e gastos desnecessários, tanto no futebol quanto no corpo administrativo, além de posicionamentos contestáveis por parte de coordenadores e assessores, criaram um cenário de bagunça nos corredores da Toca do Leão.
E o perfil discreto e inseguro apresentado por Ivã de Almeida desde à campanha é o principal responsabilizado pela ineficácia da Vitória do Torcedor até então. Só que a falta de liderança do presidente tem explicação.
A união das oposições
A chapa vencedora foi formada pela união de grupos de oposição que tinham como principal semelhança o desejo de tirar das mãos do ex-presidente Alexi Portela e seus chegados o controle da instituição.
Portela, que atualmente é presidente da Liga do Nordeste, presidiu o Vitória entre 2006 e 2013, quando passou o bastão para Carlos Falcão, que até então era o seu vice-presidente, e posteriormente, em 2015, após a renúncia do mesmo, ajudou a eleger Raimundo Viana.
Enquanto isso, seus opositores organizaram o “Movimento por um Vitória Melhor” reunindo os grupos Vitória de Primeira, Vitória Livre, Frente 1899 e Vitória Século XXI, já visando a eleição de 2016.
O maior deles, “Vitória de Primeira”, foi liderado por quadros como os ex-presidentes Ademar Lemos Jr e Jorginho Sampaio e o atual vice-presidente Agenor Gordilho. Eles também reuniam nomes conhecidos pelo torcedor, como Albérico Mascarenhas, Fábio Mota, Érika Saraiva e Cacau.
Os outros principais grupos formados, “Vitória Livre” e “Frente 1899”, elegeram, respectivamente, figuras como o diretor de planejamento, Leonardo Amoedo e o então ex-assessor jurídico Augusto Vasconcelos, além dos integrantes do conselho de ética Felipe Ventin e Anderson Nunes.
O Vitória Século XXI é mais antigo e também integrava o movimento. Porém, com a concepção da chapa, houve divergência quanto à presença de seu principal líder, Walter Seijo, entre os notáveis. Com isso, parte do grupo desembarcou do movimento e conseguiu viabilizar o nome de Paulo Carneiro e a chapa Vitória Gigante. Mas outros ficaram e uns integram o conselho deliberativo.
Na concepção de um projeto para o Vitória, todos esses grupos divergiam em algum ponto. Porém, na iminência de qualquer nova manobra política que evitasse o bate-chapa em 2016, puseram as diferenças de lado e se uniram para formar a chapa Vitória do Torcedor, posteriormente vitoriosa.
Mas de onde surgiram Ivã e Sinval?
Ivã, que era aliado e conselheiro no grupo de Alexi, disputou a presidência do clube contra Raimundo Viana após a renúncia de Falcão e assim aproximou-se da oposição. Em meio à última campanha, quando todas as chapas pressionavam para a indicação prévia do futuro presidente do conselho gestor, Ivã se apresentou como opção para a Vitória do Torcedor, argumentando possuir o recall da última eleição, e acabou sendo o escolhido. A ideia da chapa, inicialmente, era eleger-se e então decidir entre si um nome, mas acabou vencida pela pressão externa.
Já Sinval destacou-se no rádio por sua postura crítica em relação ao Vitória. O então radialista teve uma passagem positiva pelo clube em 2006, quando montou o time que alcançou o acesso da amarga Série C. Vieira foi diretor de futebol da primeira gestão de Alexi Portela, ainda quando Jorginho Sampaio presidia o Vitória S/A. Nos microfones atraiu a preferência de uma gama considerável de torcedores. Chegou a disputar a eleição de 2015 como vice de Ivã e manteve a coerência no ano seguinte.
O racha
A ideia de democracia vendida pela Vitória do Torcedor não dizia respeito apenas à reformulação do estatuto. A gestão do clube também deveria seguir esse viés. Para isso foi criado o “colegiado”, equipe de diretores que seriam responsáveis por deliberar as principais decisões sobre todos os setores do clube. Uma espécie de parlamento, digamos. Entre os edis estão os presidentes Ivã e Catharino, os diretores Armando Libório (marketing), Gilson Meirelles (departamento médico) e Leonardo Amoedo (estatutário), além dos representantes dos conselhos fiscal, Walter Tannus, e de ética, Felipe Ventin.
Mas ainda em fevereiro, com pouco menos de dois meses de gestão, Ademar Lemos rompeu com o grupo recém-eleito. Segundo ele, a partir dali já havia discordância com a condução que os diretores davam à equipe. Alguns dizem que o ex-presidente ficou insatisfeito por não estar incluído entre os caciques oficiais e resolveu sair.
Aliado de Ademar, Jorginho Sampaio foi o segundo a deixar o clube. Em meio aos resultados ruins em campo, o então assessor especial de Sinval Vieira foi demitido ao mesmo tempo em que Petkovic era anunciado como gerente de futebol. Frustrado, Sampaio criticou a forma como tudo ocorreu e condenou a gestão do clube.
Outro que deixou o barco foi Augusto Vasconcelos. Ocupando o cargo de diretor jurídico, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia alegou falta de tempo para dedicar ao clube diante de suas outras atribuições profissionais. O comunista é duramente criticado por parte da torcida por conta de sua vinculação ao PC do B e ao movimento sindical. Ele continua atuante no Conselho Deliberativo.
O último a desembarcar foi Sinval Vieira. Segundo o próprio, a pressão sobre o seu trabalho foi a justificativa. Além da ausência de resultados dentro de campo, estão entre os equívocos apontados pela torcida o alto número de contratações – 18 atletas -, que não corresponderam as expectativas. Pesou também a trapalhada na substituição do técnico Argel Fucks, que foi demitido na véspera da final do Campeonato Baiano. Na ocasião o diretor fez suspense para anunciar um novo treinador e no fim o cargo ficou com Petkovic, que acumularia as funções no clube. Ao sair, Vieira levou consigo o último integrante da então desfeita diretoria de futebol, seu assessor especial, Gerson Boka.
A berlinda agora ronda a cadeira da coordenadora de comunicação, Érica Saraiva. Criticada desde o início da gestão por conta das inovações no setor, a ex-apresentadora de TV está pressionada sobretudo pelo comportamento das redes sociais do clube, tidas como “ríspidas” e “irresponsáveis” por alguns seguidores. No último final de semana a coordenadora foi atacada em sua conta pessoal no Twitter, e acabou culpando na equipe, o que gerou um clima ruim e balançou sua posição no clube.
A ideia do Impeachment
Como diz o velho ditado, a corda sempre rompe do lado mais fraco. E baseado nisso que um grupo de conselheiros publicaram uma carta e iniciaram o recolhimento de assinaturas para dar entrada no pedido de impedimento do presidente Ivã de Almeida, medida prevista no artigo 36, inciso IV do Estatuto Social do Vitória, mas que requer 2/3 do colegiado.
A principio, na lista com 18 assinaturas não constavam os nomes de lideranças rubro-negras. Mas nos bastidores a movimentação deles era intensa. Em grupos de Whatsapp, por exemplo, o ex-presidente Paulo Carneiro colocava lenha na fogueira do impeachment, enquanto ao mesmo tempo procurava membros aptos para possíveis votos em uma eleição relâmpago. Mas com a demissão de Sinval Vieira os ânimos foram controlados.
Só que a pressão em cima do presidente continua. Circula pela internet informações sobre o “Movimento Diretas no Leão“, que se descreve como uma corrente que surgiu espontaneamente nas redes sociais e a partir da interação entre sócios torcedores que desejam a imediata destituição do atual Conselho Diretor, escolhido indiretamente pelos Conselheiros eleitos no último pleito do Esporte Clube Vitória, ocorrido em dezembro de 2016″ e pede a assinatura dos sócios para uma petição pública visando a convocação da Assembleia Geral e a destituição do atual Conselho Diretor. Há quem diga que o movimento está sendo orquestrado pela tal “Liga do Bem”, que seria uma parceria impensável entre os ex-presidentes Paulo Carneiro e Alexi Portela, rivais declarados. Mas há também quem garanta que não passa de “birra de conselheiros que não estão sendo atendidos”.
Enquanto isso o Vitória afunda no Brasileirão. Perdeu três dos quatro jogos disputados até então e terá na próxima rodada – diante do São Paulo, no Morumbi – à frente da equipe o recém-anunciado técnico Alexandre Gallo, cujo currículo não agradou a torcida. Para piorar, o diretor de futebol, Petkovic – que é alvo de piadas pelo acúmulo de funções no clube -, revelou no anúncio de Gallo que a escolha se deu em meio a outros 29 nomes analisados, levantando a desconfiança no planejamento atual do futebol rubro-negro.
Para quem achava que só a política brasileira seria maior ou igual a série americana House of Cards, o Vitória está aí para provar o contrário. Resta saber onde tudo isso irá acabar. Em todos os cenários, diga-se de passagem.
Um semestre após a primeira grande eleição na história do Esporte Clube Vitória, expectativa e euforia dão lugar à preocupação e às críticas. Eleita em dezembro, a chapa intitulada “Vitória do Torcedor” não atingiu as metas prometidas durante a campanha, fato que gera insatisfação da torcida, sobretudo nos resultados dentro de campo.
O grupo liderado por Paulo Catharino, presidente do Conselho Deliberativo, incumbiu ao professor Ivã de Almeida a missão presidir o clube de forma transparente, e ao radialista Sinval Vieira uma gestão profissional para o futebol.
Mas após seis meses de comando, só Catharino conseguiu cumprir alguma das promessas de campanha. Reformulou o estatuto do clube e resolveu uma demanda histórica para o Vitória, que era aproximá-lo de uma real democracia.
Só que nos outros setores o barco furou. A política implantada por Sinval Vieira não trouxe os resultados esperados por todos, muito por conta de sua “filosofia atrasada”, dizem os especialistas.
Integrantes da Vitória do Torcedor durante a inscrição de chapas para a eleição em 2016. Foto: Diogo Lima/Arena Rubro-Negra
As trapalhadas de gestão também pesam nessa conta. Muitas contratações equivocadas e gastos desnecessários, tanto no futebol quanto no corpo administrativo, além de posicionamentos contestáveis por parte de coordenadores e assessores, criaram um cenário de bagunça nos corredores da Toca do Leão.
E o perfil discreto e inseguro apresentado por Ivã de Almeida desde à campanha é o principal responsabilizado pela ineficácia da Vitória do Torcedor até então. Só que a falta de liderança do presidente tem explicação.
A união das oposições
A chapa vencedora foi formada pela união de grupos de oposição que tinham como principal semelhança o desejo de tirar das mãos do ex-presidente Alexi Portela e seus chegados o controle da instituição.
Portela, que atualmente é presidente da Liga do Nordeste, presidiu o Vitória entre 2006 e 2013, quando passou o bastão para Carlos Falcão, que até então era o seu vice-presidente, e posteriormente, em 2015, após a renúncia do mesmo, ajudou a eleger Raimundo Viana.
Enquanto isso, seus opositores organizaram o “Movimento por um Vitória Melhor” reunindo os grupos Vitória de Primeira, Vitória Livre, Frente 1899 e Vitória Século XXI, já visando a eleição de 2016.
O maior deles, “Vitória de Primeira”, foi liderado por quadros como os ex-presidentes Ademar Lemos Jr e Jorginho Sampaio e o atual vice-presidente Agenor Gordilho. Eles também reuniam nomes conhecidos pelo torcedor, como Albérico Mascarenhas, Fábio Mota, Érika Saraiva e Cacau.
Os outros principais grupos formados, “Vitória Livre” e “Frente 1899”, elegeram, respectivamente, figuras como o diretor de planejamento, Leonardo Amoedo e o então ex-assessor jurídico Augusto Vasconcelos, além dos integrantes do conselho de ética Felipe Ventin e Anderson Nunes.
O Vitória Século XXI é mais antigo e também integrava o movimento. Porém, com a concepção da chapa, houve divergência quanto à presença de seu principal líder, Walter Seijo, entre os notáveis. Com isso, parte do grupo desembarcou do movimento e conseguiu viabilizar o nome de Paulo Carneiro e a chapa Vitória Gigante. Mas outros ficaram e uns integram o conselho deliberativo.
Na concepção de um projeto para o Vitória, todos esses grupos divergiam em algum ponto. Porém, na iminência de qualquer nova manobra política que evitasse o bate-chapa em 2016, puseram as diferenças de lado e se uniram para formar a chapa Vitória do Torcedor, posteriormente vitoriosa.
Mas de onde surgiram Ivã e Sinval?
Ivã, que era aliado e conselheiro no grupo de Alexi, disputou a presidência do clube contra Raimundo Viana após a renúncia de Falcão e assim aproximou-se da oposição. Em meio à última campanha, quando todas as chapas pressionavam para a indicação prévia do futuro presidente do conselho gestor, Ivã se apresentou como opção para a Vitória do Torcedor, argumentando possuir o recall da última eleição, e acabou sendo o escolhido. A ideia da chapa, inicialmente, era eleger-se e então decidir entre si um nome, mas acabou vencida pela pressão externa.
Já Sinval destacou-se no rádio por sua postura crítica em relação ao Vitória. O então radialista teve uma passagem positiva pelo clube em 2006, quando montou o time que alcançou o acesso da amarga Série C. Vieira foi diretor de futebol da primeira gestão de Alexi Portela, ainda quando Jorginho Sampaio presidia o Vitória S/A. Nos microfones atraiu a preferência de uma gama considerável de torcedores. Chegou a disputar a eleição de 2015 como vice de Ivã e manteve a coerência no ano seguinte.
O racha
A ideia de democracia vendida pela Vitória do Torcedor não dizia respeito apenas à reformulação do estatuto. A gestão do clube também deveria seguir esse viés. Para isso foi criado o “colegiado”, equipe de diretores que seriam responsáveis por deliberar as principais decisões sobre todos os setores do clube. Uma espécie de parlamento, digamos. Entre os edis estão os presidentes Ivã e Catharino, os diretores Armando Libório (marketing), Gilson Meirelles (departamento médico) e Leonardo Amoedo (estatutário), além dos representantes dos conselhos fiscal, Walter Tannus, e de ética, Felipe Ventin.
Mas ainda em fevereiro, com pouco menos de dois meses de gestão, Ademar Lemos rompeu com o grupo recém-eleito. Segundo ele, a partir dali já havia discordância com a condução que os diretores davam à equipe. Alguns dizem que o ex-presidente ficou insatisfeito por não estar incluído entre os caciques oficiais e resolveu sair.
Aliado de Ademar, Jorginho Sampaio foi o segundo a deixar o clube. Em meio aos resultados ruins em campo, o então assessor especial de Sinval Vieira foi demitido ao mesmo tempo em que Petkovic era anunciado como gerente de futebol. Frustrado, Sampaio criticou a forma como tudo ocorreu e condenou a gestão do clube.
Outro que deixou o barco foi Augusto Vasconcelos. Ocupando o cargo de diretor jurídico, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia alegou falta de tempo para dedicar ao clube diante de suas outras atribuições profissionais. O comunista é duramente criticado por parte da torcida por conta de sua vinculação ao PC do B e ao movimento sindical. Ele continua atuante no Conselho Deliberativo.
O último a desembarcar foi Sinval Vieira. Segundo o próprio, a pressão sobre o seu trabalho foi a justificativa. Além da ausência de resultados dentro de campo, estão entre os equívocos apontados pela torcida o alto número de contratações – 18 atletas -, que não corresponderam as expectativas. Pesou também a trapalhada na substituição do técnico Argel Fucks, que foi demitido na véspera da final do Campeonato Baiano. Na ocasião o diretor fez suspense para anunciar um novo treinador e no fim o cargo ficou com Petkovic, que acumularia as funções no clube. Ao sair, Vieira levou consigo o último integrante da então desfeita diretoria de futebol, seu assessor especial, Gerson Boka.
A berlinda agora ronda a cadeira da coordenadora de comunicação, Érica Saraiva. Criticada desde o início da gestão por conta das inovações no setor, a ex-apresentadora de TV está pressionada sobretudo pelo comportamento das redes sociais do clube, tidas como “ríspidas” e “irresponsáveis” por alguns seguidores. No último final de semana a coordenadora foi atacada em sua conta pessoal no Twitter, e acabou culpando na equipe, o que gerou um clima ruim e balançou sua posição no clube.
A ideia do Impeachment
Como diz o velho ditado, a corda sempre rompe do lado mais fraco. E baseado nisso que um grupo de conselheiros publicaram uma carta e iniciaram o recolhimento de assinaturas para dar entrada no pedido de impedimento do presidente Ivã de Almeida, medida prevista no artigo 36, inciso IV do Estatuto Social do Vitória, mas que requer 2/3 do colegiado.
A principio, na lista com 18 assinaturas não constavam os nomes de lideranças rubro-negras. Mas nos bastidores a movimentação deles era intensa. Em grupos de Whatsapp, por exemplo, o ex-presidente Paulo Carneiro colocava lenha na fogueira do impeachment, enquanto ao mesmo tempo procurava membros aptos para possíveis votos em uma eleição relâmpago. Mas com a demissão de Sinval Vieira os ânimos foram controlados.
Só que a pressão em cima do presidente continua. Circula pela internet informações sobre o “Movimento Diretas no Leão“, que se descreve como uma corrente que surgiu espontaneamente nas redes sociais e a partir da interação entre sócios torcedores que desejam a imediata destituição do atual Conselho Diretor, escolhido indiretamente pelos Conselheiros eleitos no último pleito do Esporte Clube Vitória, ocorrido em dezembro de 2016″ e pede a assinatura dos sócios para uma petição pública visando a convocação da Assembleia Geral e a destituição do atual Conselho Diretor. Há quem diga que o movimento está sendo orquestrado pela tal “Liga do Bem”, que seria uma parceria impensável entre os ex-presidentes Paulo Carneiro e Alexi Portela, rivais declarados. Mas há também quem garanta que não passa de “birra de conselheiros que não estão sendo atendidos”.
Enquanto isso o Vitória afunda no Brasileirão. Perdeu três dos quatro jogos disputados até então e terá na próxima rodada – diante do São Paulo, no Morumbi – à frente da equipe o recém-anunciado técnico Alexandre Gallo, cujo currículo não agradou a torcida. Para piorar, o diretor de futebol, Petkovic – que é alvo de piadas pelo acúmulo de funções no clube -, revelou no anúncio de Gallo que a escolha se deu em meio a outros 29 nomes analisados, levantando a desconfiança no planejamento atual do futebol rubro-negro.
Para quem achava que só a política brasileira seria maior ou igual a série americana House of Cards, o Vitória está aí para provar o contrário. Resta saber onde tudo isso irá acabar. Em todos os cenários, diga-se de passagem.
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