sábado, 22 de abril de 2017

Esporte Clube Bahia, segunda estrela maldita?

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Os colaboradores Maurício e Yves ofertaram recentemente para todos nós bons textos, espelhando a atual situação do clube que eles torcem, o Bahia, com seus sinceros encantos e desencantos e não contaminados pelo fervor que se emerge das arquibancadas. Antes o tricolor Paulinho Fernando fez um comparativo com o Vitória, mas tendo como base os dois times atuais.

Diziam os dois primeiros que o Bahia não pode e não deve ficar romanticamente ligado ao seu passado honroso, quando conquistou duas estrelas nacionais. O outro colaborador Henrique, num comentário interno, reforçou a tese dos torcedores acima, ressalvando que o Bahia não pode ficar restrito ao seu sucesso local e regional (?).
Quanto ao sucesso local e regional, tive a curiosidade de fazer um levantamento dos anos posteriores ao campeonato nacional de 1988 conquistado pelo Bahia. Bem, tratando-se um campeão brasileiro há de se concluir que seria campeão baiano de 1989. Foi? Não, o campeão fora o Vitória. Bem, poderiam pensar que fora algum parente de Ednaldo, na época, que impediu o Bahia ser campeão. No ano seguinte 1990, o Bahia recentemente bicampeão brasileiro, foi campeão baiano? Não. O Vitória foi bicampeão, naquele ano.

Pedi socorro para aquela enciclopédia que todos nós consultamos (Wikipédia) e lá está escrito o seguinte:

“O Vitória sem muita força no futebol estadual, passou a demonstrá-la na década de 1950, quando conquistou 3 títulos, em 1953, 1955 e 1957. Após outros títulos esparsos, passou a conquistar a hegemonia contemporânea do Campeonato a partir do ano de 1989, conquistando 70,0% (setenta porcento) dos títulos desde então, dentre eles o primeiro tricampeonato (95-96-97) e dois tetracampeonatos (2002-2003-2004-2005 e 2007-2008-2009-2010).”

Conferi esta informação e realmente de 1989, inclusive, até 2016, inclusive, houve 18 campeonatos conquistados pelo Vitória, 9 pelo Bahia e 2 pelos clubes do interior (Colo-Colo e Bahia de Feira). Há de se considerar que no ano de 1999 os dois foram considerados campeões. Há de se destacar que o Bahia foi vice 13 vezes e não foi mais, porque houve campeonato sem ser classificado nem para a final.

CAMPEÃO VICE

1989
Vitória (Salvador) (11º)
Bahia (Salvador)

1990
Vitória (Salvador) (12º)
Fluminense de Feira (Feira de Santana)

 1991
Bahia (Salvador) (38º)
Fluminense de Feira (Feira de Santana)

1992
Vitória (Salvador) (13º)
Bahia (Salvador)

1993
Bahia (Salvador) (39º)
Vitória (Salvador)

1994
Bahia (Salvador) (40º)
Vitória (Salvador)

1995
Vitória (Salvador) (14º)
Galícia (Salvador)

1996
Vitória (Salvador) (15º)
Bahia (Salvador)

1997
Vitória (Salvador) (16º)
Bahia (Salvador)

1998
Bahia (Salvador) (41º)
Vitória (Salvador)

1999
Bahia (Salvador) (42º)
Vitória (Salvador) (17º)
Poções (Poções)

2000
Vitória (Salvador) (18º)
Bahia (Salvador)

2001
Bahia (Salvador) (43º)
Juazeiro (Juazeiro)

2002
Vitória (Salvador) (19º)
Fluminense de Feira (Feira de Santana)

2003
Vitória (Salvador) (20º)
Catuense (Catu)

2004
Vitória (Salvador) (21º)
Bahia (Salvador)

2005
Vitória (Salvador) (22º)
Bahia (Salvador)

2006
Colo Colo (Ilhéus) (1º)
Vitória (Salvador)

2007
Vitória (Salvador) (23º)
Bahia (Salvador)

2008
Vitória (Salvador) (24º)
Bahia (Salvador)

2009
Vitória (Salvador) (25º)
Bahia (Salvador)

2010
Vitória (Salvador) (26º)
Bahia (Salvador)

2011
Bahia de Feira (Feira de Santana) (1º)
Vitória (Salvador)

2012
Bahia (Salvador) (44º)
Vitória (Salvador)

2013
Vitória (Salvador) (27º)
Bahia (Salvador)

2014
Bahia (Salvador) (45º)
Vitória (Salvador)

2015
Bahia (Salvador) (46º)
Vitória da Conquista (Vitória da Conquista)

2016
Vitória (Salvador) (28º)
Bahia (Salvador)

Quanto ao regional Copa do Nordeste, o Vitória se encontra como o maior vencedor (4 títulos), o Sport (3 títulos) e o Bahia em terceiro, com 2 títulos. 

Os tricolores geralmente nos impõem números de nacionais que não ganhamos. Realmente, não podemos discutir números, mas o que dizer os tricolores deste levantamento? Comparando-se com os anos anteriores, houve decadência gritante do Bahia, no baiano e nordeste, depois da segunda estrela. Sem falarmos do caos administrativo, com risco de perda do pouco patrimônio existente e de se depender de estádios públicos.

Deixa-se a transparecer que o “divisor de águas” foi a segunda estrela do Bahia, deixando uma indagação aos tricolores, será que esta estrela foi maldita ou há 28 anos, aproximadamente, o Bahia desfila de sapato alto Luis XVI?

Atahualpa, amigo, torcedor do Vitória e colaborar do Blog.

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