O meia-atacante Leandro, de 23 anos, observado e aprovado por olheiros do Vitória quando atuava no CSP, da Paraíba e que sonhava em jogar pelo time principal do rubro-negro, deixou o clube em meio a uma polêmica, uma história inusitada. Leandro já havia iniciado os trabalhos físicos e estava próximo de ser integrado ao elenco comandado por Argel Fucks, no entanto, uma “intervenção divina” fez com que o jogador deixasse a Toca do Leão, segundo revelou o diretor de futebol Sinval Vieira. “Acho que deu saudade da família... Ele nos procurou e disse que Deus mandou ele ir embora. Achei até bonito da parte dele”, disse.
Apesar da pouca idade, o jogador é um peregrino do futebol. Já rodou por Vila Nova-GO, Desportiva Guarabira-PB, CSP-PB, ABC, Treze, Matonense-SP, Paraíba, Sousa e Miramar-PB. Após a polêmica, Leandro, que é evangélico, voltou para João Pessoa, na Paraíba, sua cidade natal, mas tratou de explicar o episódio e desmentir o gerente de futebol rubro-negro. Em versão totalmente diferente, o atleta disse que foi enganado e acusou o dirigente de ter não cumprido um acordo. De acordo com o mesmo, Sinval faltou com a palavra, prometeu uma coisa e fez outra, o que acabou o chateando.
Veja a explicação do jogador:
“A promessa é que eu seria contratado. Deixei o CSP, da Paraíba, com essa promessa. Quando cheguei aí no Vitória descobri que eu estava sendo avaliado e que depois eu seria contratado. Tinham me prometido um salário e uma casa alugada. Como eu sou evangélico e não gosto de coisa errada, disse a ele que Deus desaprova esse tipo de coisa e por isso eu fui embora. Ele falou que Deus me mandou ir embora, mas isso não aconteceu. Se tem algum culpado é Sinval. Fiquei muito chateado com ele. Se ele tivesse me avisado que eu passaria por uma avaliação, não tinha problema. Iria fazer sem problema nenhum. O que eu não gostei foi que me prometerem uma coisa e depois fizeram outra. Faltou a palavra. Sinval disse que estava tudo acertado e nada do contrato ser assinado. Aí fiz os exames, fui aprovado e depois descobri que eu estava sendo avaliado na parte técnica. E aí liguei para o presidente do CSP e expliquei a situação e voltei. Achei muito estranho ele dizer que foi Deus. Isso tem que ser esclarecido. Fiquei muito triste com tudo isso”
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