De fato, Rômulo foi do céu ao inferno em 2 anos como profissional. Visto como um dos protagonistas no ressurgimento tricolor, termina 2016 extremamente esquecido. Ouviu críticas, foi vaiado, teve sua qualidade questionada, foi emprestado e devolvido antes do fim do contrato. O meia diferenciado deu espaço ao jogador apático, desligado, sem ritmo e criticado. O que houve? Onde se escondeu o destaque da equipe no início da temporada passada?
Muitas perguntas e poucas respostas, o jovem talento tricolor sofre por não se adaptar ao futebol moderno e corrido hoje. Falta mobilidade e mais participação nos 90 minutos de jogo. Aliado a isso, o meia durante toda a série B de 2015 foi escalado em diversas posições. Algumas equivocadas, sem liberdade para fazer o que mais sabe. Atuou como volante na esquerda, meia pela esquerda e ponta. Em nenhuma dessas posições ele rendeu.
Como encaixar um meia com essas características nos esquemas atuais? A resposta é difícil de ser respondida, nem todo treinador consegue fazer um atleta com esse potencial render atualmente. Vejamos, Ganso sempre questionado pela pouca mobilidade e ovacionado pelos passes mirabolantes que fazia em campo. A diferença de ambos é muita, Ganso é gênio e Rômulo tem possibilidades de ser um bom jogador. Mas o estilo de jogo e as cobranças são absurdamente parecidas; São inteligentes, clássicos e técnicos. Por outro lado, falta dinâmica, mobilidade e intensidade.
Hoje jogadores que atuam da mesma forma que os meias clássicos, estão recuando e atuando em uma zona livre de marcação forte, de frente para o jogo, tendo visão ampla para encaixar seus passes e verticalizar o jogo. Atuando como volante ele terá sempre a bola em seus pês para iniciar as jogadas. Meias como Renato Augusto e Maicon recuaram e são destaques em suas equipes. Pelos bons passes, inteligência tática e chegando forte a área como elemento surpresa.
Se deseja continuar na mesma posição centralizado, terá que mudar um pouco sua característica. Atuará como um meia versátil sempre próximo da jogada como Narsi faz no Sevilla, Ozil no Arsenal, Lucas Lima no Santos entre outros. São jogadores de bom passe e visão, porém com disponibilidade para estar em qualquer lugar do campo para trabalhar a bola e municiar os atacantes.
A tarefa não é fácil, ele já mostrou que não tem facilidade para adaptar-se a determinadas funções em campo. Mas tem talento, muito potencial e tempo para se desenvolver. A torcida tem que dá um voto de confiança ao jogador, evitar vaias iniciais para que ganhe segurança e quem sabe voltar a dar alegrias a nação. Tem apenas 21 anos, assumiu em entrevista que não foi bem individualmente e sabe que pode melhorar. Parece está motivado e determinado a realizar em 2017 o que esqueceu em 2016.
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