Se confirmada será uma ótima noticia para o Esporte Clube Bahia e um fim de uma novela que era repleta de incertezas: o centro de treinamento do Bahia. De acordo com informações contidas no Jornal A Tarde, o Bahia já chegou a um acordo com a OAS, construtora da Cidade Tricolor, com a operadora financeira Planner e três bancos – não revelados – que fizeram parte do negócio. Resta apenas assinar, o que pode acontecer ainda em 2016.
Ainda de acordo com a matéria veiculada pelo jornal, trata-se de um ajuste do acordo assinado entre o clube e as demais partes em 2014, na gestão de Fernando Schmidt, e que não pôde ser cumprido por dificuldades financeiras do Bahia e da construtora. Só os valores mudaram.
Como no acordo anterior, o Bahia voltará a ter o Fazendão – sob posse da OAS como permuta para a construção do novo centro de treinamentos – e comprará a Cidade Tricolor. O pagamento seguirá sendo feito parte em dinheiro e parte em Transcons – moeda do setor imobiliário conseguido junto à Prefeitura de Salvador por conta da desapropriação da sede de praia do clube, em 2013.
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A diferença é que, segundo o jornal o Bahia agora pagará pouco mais de R$ 7 milhões, de uma só vez, no ato da homologação na Justiça. No acordo anterior, seriam R$ 10 milhões pagos de maneira parcelada em dez anos, valor que seria acrescido por correção e juros, além de impostos e taxas judiciais.
De acordo com o orçamento para 2017 apresentado ontem para o Conselho Deliberativo, o valor a ser pago em dinheiro no negócio será de R$ 11,3 milhões. Os R$ 4,3 milhões a mais seriam referentes a impostos e taxas judiciais.
Ainda de acordo com o orçamento, o valor em Transcons será de 21,7 milhões. Como a moeda imobiliária tem depreciação de aproximadamente 50%, o valor equivalente em reais seria de R$ 10,8 milhões. No acordo anterior, o Bahia desembolsaria o equivalente a R$ 13,6 milhões na moeda. Pela desapropriação, o clube ganhou da Prefeitura R$ 28 milhões em Transcons.
O acordo inicial, fechado em 2012, na gestão de Marcelo Guimarães Filho, previa como pagamento pela Cidade Tricolor a entrega do Fazendão à construtora, mais R$ 12 milhões em dinheiro, o que nunca chegou a ser cumprido.
“Pequenas arestas”
Ninguém da diretoria tricolor fala sobre os valores do novo acordo: “Só fica certo quando estiver no papel”, comenta o gerente jurídico Vitor Ferraz. “Mas já temos uma base de acordo, que envolveu muitos detalhes. Não é só a nossa relação com a OAS, tem a relação dela com a Planner e com os três bancos. Tudo isso já foi resolvido, restam apenas pequenas arestas”, completou.
Pedro Henriques, vice-presidente, prefere manter a cautela: “É a expectativa (assinar ainda em 2016), mas não podemos garantir. A Justiça entra em recesso nesta semana, então pode até ser que extrajudicialmente a gente entre em acordo, mas só seria homologado pela Justiça após o recesso”.
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