Muitos acreditam que não passa de assistencialismo com fins políticos. Vá lá que seja, o certo é que a criação da bolsa família e outros benefícios desta linha, tem sido a salvação de parte da população brasileira no segmento de menor poder aquisitivo, no entanto, existe aqueles que acreditam que a medida é uma forma que veio para atrair pessoas para a acomodação e a entrada intencionalmente na informalidade. Mas isto ou aquilo, seus propósitos e suas criticas é outra história, que não cabe neste espaço dedicado ao futebol.
Mas a criação de uma BOLSA FAMÍLIA para o futebol é sim e acredito que chegaria na hora exata no futebol baiano, já que pouco a pouco notamos os estádios vazios, especialmente após a construção das novas arenas modernas e confortáveis. Até outro dia, o Bahia se orgulhava da torcida OURO e sua média de público de 20 e tal mil torcedores por jogo. Hoje, acredito que essa média não passa de sete mil pessoas, ainda que se deva considerar a péssima qualidade do elenco que o clube vem montando que, de fato, não é atrativo para a grande maioria do torcedor tricolor, que tem o legítimo direito de não optar pela associação, modalidade que reduz os valores dos ingressos. Me refiro apenas ao Bahia, já que o Barradão sempre esteve vazio.
Clubes tradicionais, como o Internacional de Porto Alegre e Vasco da Gama, já sentiram a pancada no bolso e já cogitam a criação de uma espécie BOLSA família para o futebol. O Internacional de Porto Alegre prefere chamar de “cotas sociais”, mas a finalidade é a mesma. Atrair e manter público de baixa renda dentro dos estádios.
O time gaúcho anunciou, na semana passada, o “Estudante Colorado”. O projeto garante entre mil e 5 mil entradas para estudantes da rede pública de ensino de Porto Alegre. Para isso, basta fazer um cadastro de R$ 20 e pagar pelo ingresso de R$ 10. Vale lembrar que valor do ingresso para os jogos do Internacional para os não sócios é de 40.00 reais. Um jogo por semana, 160.00 por mês. É muito.
O Vasco não tentou encontrar um meio termo e já denominou o benefício com o mesmo nome do Governo Federal. Será o mesmo: Bolsa Família. Porém, o clube ainda não oficializou seu projeto, mas Eurico Miranda o defendeu publicamente, além de encaminhar para fase de estudo e viabilidade. O clube pensa em criar um acesso gratuito ao torcedor de menor renda, algo próximo ou parecido ao criado pelo Internacional.
“Tenho que arrumar uma maneira de não marginalizar a camada popular, o Vasco é um clube popular. O preço teve de ir mais lá em cima este ano. De certa forma, vou penalizar a classe privilegiada. Se não aderir ao sócio-torcedor, vai pagar um preço alto”, comentou Eurico Mirando ao Jornal “O Globo”, em fevereiro.
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