Alô, alô amigos. Bravos e combalidos companheiros desta luta ferrenha em nome do nosso futebol. O que temos para hoje ? Ou melhor, o que temos de novo para hoje ? Somente um silêncio sepulcral. Talvez alguns estampidos distantes, nada fora do normal. Enquanto penso e vivo, reluta o navegante em sucumbir com suas ínfimas forças. Enquanto respiro e minhas pálpebras se dobram, já se foi o tempo. Já teremos que fabricar outros sonhos para subsistir e encontrar outros alentos.
Tudo certo e como Dantes..
Engraçado como no decorrer do tempo e a cada final de ano, buscamos referências e sinais que possam nos elevar a patamares (não o bairro !! rsss) melhores. Esta é certamente a fórmula para ressuscitar a cada dia, renascer do confronto cruel ante quimeras que nos assolam e afogam. Ainda que tênues e fugazes sejam essas parcas esperanças, desempenham elas sua meticulosa função e sua maravilhosa transformação.
Se olhamos para a política, se miramos para o futebol, quase nada realmente muda. As mudanças só se sensibilizam ante grandes esforços ou contra um longo esforço do tempo. Queremos bradar, acreditar, interagir, sugerir, fustigar, inquerir, interpelar, mas o grande vazio absorve com sutileza nossos arroubos e derruba fulminantemente a energia de nossas crenças.
Hoje, vivendo os últimos suspiros que antecedem uma nova temporada futebolística, desejávamos nossos esquadrões com sua completa artilharia. Um fogo pesado e estrondoso que fizesse temer os rivais. Mas, os curtos e tímidos caraminguás são insuficientes para tais façanhas. Ao invés de inundação, temos copo d´agua, ao invés de tornado, temos brisa.
Bahia e Vitória seguem nos conduzindo nesta procissão interminável. Dentre todas as soluções que possamos imaginar viáveis, nenhuma tem sido feita ou, quando o é, seu impacto e relevância não podem e nem se tornam importantes ou fatores diferenciais. Talvez a culpa esteja centrada em termos nascido no lado sul. Ou alguma infame maldição que tragou de nós mesmos a crença na mudança ou o discernimento necessário para saber que caminho trilhar para alcança-la.
Não temos craques, não temos arte, não temos estandarte que faça ressoar nossa marca de forma inconfundível e ilimitada. Estamos misturados na massa, estamos no meio da multidão, estamos num mato sem cachorro e sem caça.
Mas, como torcedores que somos, persistiremos de olhos abertos e dedos cruzados. Torceremos, com maior ou menor crença, por um gol, um contra ataque, uma defesa milagrosa, um pênalti mal marcado ou um milagre que nós traga alguma glória, algum sorriso, algum lampejo. Por enquanto, só temos isto. Melhor para Dalmo Rousseff, despido da razão, a emoção fala sempre mais alto. Sempre acertando, mesmo quando erra… assim é legal, muito legal ! rsss.
Saudações do Vitória da Bahia, Rubro-Negro Baiano, por enquanto no topo, já o vice…
Por: Filba, torcedor do Vitória e amigo do Blog.
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