segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Bahia: uma nação triste e envergonhada

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Não sei se é a hora de fazer um desabafo nesse tom. Não sei se o Bahia tem chances reais de ascender. Não sei se existe honra nesse time que defende uma tradição no Bahia, não sei se é possível superar tantos erros como os que aconteceram no decorrer do campeonato. Uma coisa no entanto eu sei: estamos abatidos como se caísse sobre nós uma avalanche de gelo em nossas cabeças.

O Bahia, afinal, figurava entre os candidatos ao título, esteve na maioria das rodadas entre os 4 primeiros. Uma reversão de expectativas aconteceu ao acabar o jogo. O time que entrou em campo contra o Santa Cruz nos colocou de volta o pesadelo de outros campeonatos: más contratações, indefinições e incoerência. Como se em todo o campeonato desse ano o Bahia fosse uma ilusão, uma imagem falsamente coroada mais com a sorte que com a competência para figurar entre os 4 primeiros durante boa parte da competição.

Podemos dizer que o tricolor demorou a trocar o seu técnico na metade do campeonato, quando Sérgio Soarem já tinha perdido o comando do grupo. Mas, o principal fator que determinou a situação do tricolor foram as más contratações. O Bahia não conseguiu encontrar um lateral nem um meio de campo criativo para a temporada. Não vimos jogadas de penetrações, tabelinhas, cruzamentos, ficamos ao acaso da sorte e da maestria de Kieza, único jogador a honrar o manto tricolor.

Ontem, soube que o Santa ainda no vestiário deu dopping emocional aos seus jogadores pagando premiações atrasadas. Uma "esperteza" de dirigente, uma vez que uma premiação depois de dada torna-se para o premiado apenas uma obrigação. Nesse momento fiz imediatamente um "link" com o meu Bahia que pagou adiantado o 13ª dos jogadores. No "Príncipe" de Maquiavel a bondade deve ser feita a conta gotas, não de uma vez só. 

Certamente, é elogiável pagar adiantado, todavia, a humanidade responde a uma lógica que só as pessoas mais vividas e espertas percebem ao lidar com o ser-humano. Não podemos ser um clube também indulgente com jogador que anda sem motivação e recebendo em dia! Como é que pode um fato tão grave acontecer no maior clube do norte e nordeste do Brasil? Se uma parte está faltando com sua promessa, que ela saia do clube ou seja demitida. Discute-se depois judicialmente o não cumprimento do atleta com sua palavra. 

Pois é, meus caros tricolores, irmãos dessa agonia e angústia de ser Bahia nos últimos anos. Nesse ponto parece que todos coincidimos quanto ao futebol baiano: imprensa, clube e torcedores. O torcedor do Bahia sofre por acreditar, a imprensa repercute essa confiança (com exceção dos espíritos de porco) e o Bahia naufraga no seu planejamento para o ano de 2016.

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