O raciocínio foi do amigo Elmo, também da Torcida do Vitória Candango, durante a viagem a Goiânia para assistirmos o jogo contra o Atlético: “Contando a partida de hoje, temos tudo pra ganhar as oito que vêm pela frente”. Alguém contestou: “Acho muito os 24 pontos, mas podemos contar com 21.”
Excesso de otimismo? A análise considerava o nível de cada equipe e as condições das disputas. O Vitória venceu cinco desses adversários no primeiro turno, teve dois empates impensáveis (Mogi Mirim e Boa) e somente uma derrota, para o Paysandu. Vai pegar Mogi Mirim e Boa em casa e o Papão também. Seria quase desnecessário dizer que ninguém na torcida rubro-negra considera a hipótese de uma derrota para o rival baiano.
Claro que o entusiasmo com a viagem era grande. Tanto que, na crônica anterior enfiei Mineiro na delegação (quem esteve conosco foi Marcelo), coloquei um H indevido no nome do aniversariante desse domingo, o amigo Tiago (qual é mesmo a pena para trocar o nome do “imperador”?) e ainda coloquei Mancini no singular, com E no final do nome. Já pensaram?!
Elmo só não considerou as circunstâncias em que se deram as vitórias do rubro-negro, pra não falar dos empates absurdos. Ouço frequentemente os demais torcedores dizerem que a única vitória tranquila foi contra o Bahia. Mesmo no outro 4 x 1 (contra o Mogi), a serenidade só veio após os 31 minutos do segundo tempo.
Pessoalmente, já decidi dispensar o cardiologista. Torcedor do Vitória não precisa disso. Coração rubro-negro é posto à prova a cada jogo.
Gols decisivos nos minutos finais são frequentes, às vezes contra o time, como ocorreu com o Botafogo. Faltava pouco e o rubro-negro empatou. Não faltava nada e veio a bofetada. É uma toada insuportável. Quando parece que será tranquilo, é uma pedreira. Quando parece que vai dar, escapa.
Pior. A liderança do primeiro turno, com 34 pontos, representava um aproveitamento que beirou os 60%. No segundo turno, são duas vitórias em oito jogos mais três empates e três derrotas. Um pálido rendimento de 37,5%.
Ou seja, o sentimento no final do primeiro turno era de negação da meta de apenas subir. Todos falavam em título. Hoje, o time queima as gorduras no primeiro turno. A torcida confia no time, mas a ansiedade é que ele reencontre o seu futebol para ao menos merecer chegar entre os quatro classificados para a Série A.
Se retomar os melhores momentos, claro, a esperança está de pé. Querem ver longe o Esporte Clube Sofrimento e ver de novo em campo o Esporte Clube Vitória. Se possível, campeão.
Fernando Tolentino - Torcedor do Vitória e amigo do BLOG
www.vitoriacandango.com.br
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