Muitos dos pesados dos eventos pelo mundo possuem mais de 30 anos. Nas disputas de cinturão, tem-se visto muitos nomes repetidos, e a falta de renovação é nítida. Em entrevista à TATAME, Fabrício Werdum opinou sobre o tema, abordado na edição de julho da revista.
"Essa renovação é questão de tempo. Tem que se dedicar muito. É realmente mais complicado para o peso-pesado treinar bem todo dia, porque o pesado tem a fama de ser preguiçoso, de não treinar o suficiente para atingir um alto nível. É mais fácil achar um peso-leve bom, ou um médio, porque é a estrutura física mais comum do ser humano mesmo. Eu também acho que o pesado é preguiçoso, a maioria. Vou me excluir desse grupo, porque gosto de treinar, mas confesso que às vezes tem que ter alguém para me puxar. Agora mesmo: estou aqui na academia, para musculação, sozinho, sem treinador, e estou doido para ir embora (risos). Mas quando o Cordeiro, o Cobrinha, quando me mandam fazer algo, vou lá e faço", contou o campeão dos pesados do UFC, de 37 anos.
Um exemplo claro da entressafra é o TUF Brasil 3. Na categoria dos pesados, nenhum lutador dos times de Werdum e de Rodrigo Minotauro era peso-pesado de origem. Para Carlão Barreto, falta uma preparação melhor para a maioria dos postulantes a grandes nomes da divisão.
"Na realidade, se fizermos uma avaliação da maioria dos pesados, poucos são atléticos. Muitos se apresentam fora de forma, sempre na dependência de suas mãos pesadas, influenciando diretamente em suas apresentações, ainda mais quando encaram os tops. O problema é que muitos desses tops estão envelhecendo, e não vejo uma renovação a curto prazo", analisa o comentarista do Combate e ex-lutador peso pesado.
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