Vendo os jogos de Bahia e Vitória no final de semana, não foi preciso analisar detalhadamente para perceber que ambos não fizeram grandes partidas, mas venceram, talvez por isso o torcedor não se apegue tanto ao rendimento e sim ao dito futebol resultado, vencendo é o que importa. Até concordo que o importante seja triunfar, principalmente em um campeonato longo e de pontos corridos como é a Série B, aonde se dá bem no final quem tem mais competência e eficiência para pontuar e não o que pratica um futebol brilhante.
Entretanto, sendo chato, bato na tecla que futebol não é apenas um jogo onde o resultado é que importa, opinião que muitos vão discordar, mas o nível do futebol brasileiro me dá alguma razão. Em meio a essa discussão não tão empolgante, o que é mais importante? Jogar bem, mal, bonito ou feio? Eis a questão.
Por exemplo, no primeiro tempo do jogo contra o Mogi Mirim, o Bahia jogou mal, na segunda etapa jogou até bem, mas não jogou bonito apesar do placar largo e confortável. Se aproveitou da fragilidade defensiva e ofensiva do adversário, foi eficiente e transformou o pouco que criou em gols. O Vitória não jogou bem e nem bonito, foi pressionado os 90 minutos, mas foi eficiente e contou com a sorte para traduzir em bola na rede as duas únicas chances que teve.
Um time, seja ele qual for e contra quem for, deve ter três princípios básicos: Posse de bola, defesa compacta e errar o mínimo de passes possíveis. Com esses três requisitos, você tem 80% de vencer a partida. Se você erra poucos passes, chega mais ao ataque para concluir. Se não é pressionado, sua chance de tomar gols diminui, e se tem a bola no pé, agride mais o adversário.
Na verdade, cobrar de Bahia e Vitória um futebol bonito é ser exigente demais com os times que temos, afinal de contas, pouquíssimos times no Brasil empolgam dentro de campo e praticam um futebol brilhante. Então, jogando bem ou mal, o importante é manter uma certa regularidade, conquistar os pontos preciosos para se manter no topo da Série B e garantir o acesso à primeira divisão. De grão em grão a galinha enche o papo.
Fellipe Costa
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