Na noite desta quarta-feira, o Bahia teve um grande teste contra o Luverdense: atuar sem seus dois principais jogadores e goleadores. Estava irrequieto mas curioso para ver como o time se sairia sem Kieza e Maxi. Com os desfalques, Sérgio Soares preferiu abrir mão do esquema com 3 homens de frente armando o time no tradicional 4-4-2, com Rômulo na vaga do argentino.
Com a mudança, o Bahia não perdeu a ofensividade, ao contrário, foi agudo, trocou passes, manteve a posse de bola, pressionou e não deixou o Luverdense respirar, imagine jogar. O meio de campo muito bem compacto impondo uma forte marcação e explorando bem as laterais, principalmente com as investidas de Tony pela direita levando muito perigo ao time mato-grossense. Com todos esses ingredientes, o resultado não poderia ser outro.
Depois de insistir com Souza batendo falta à la Ronaldinho e Tiago Real cabeceando com perigo, o Bahia abriu o placar. Aos 14 minutos, Léo Gamalho recebeu de Souza, cortou dois defensores do Luverdense e mandou um balaço no canto do goleiro Edson. Acuado, o time mato-grossense não conseguiu se impor e o Esquadrão aproveitou para manter o ritmo acelerado e ampliar o marcador. Aos 26, Tiago Real recebeu de costas fora da área, girou e bate forte de esquerda para marcar um golaço. 2 a 0 e classificação quase encaminhada.
Destaque para boa atuação do 'renovado' Léo Gamalho, se movimentando, chamando a responsa, a chuva do sábado em Pituaçu fez bem ao "Samurai", lavou a alma. No intervalo, uma mudança, Patric sentiu mau estar e deu lugar ao lateral-direito Adriano Apodi, improvisado na esquerda e meio desconfortável. Na segunda etapa, o Bahia continuou controlando as ações, porém, se acomodou e em uma infelicidade (para não dizer falha), o Luverdense conseguiu diminuir o placar. O lateral Paulinho bateu escanteio direto e Douglas Pires, mal posicionado, aceitou o gol olímpico e mostrou mais uma vez porque a torcida tem receio dele. Me faça uma garapa, meu filho!
O Luverdense despertou do sono profundo e deu sinais de reação, o placar que era confortável passou a ser perigoso, mas o time mato-grossense tinha pouca criatividade e quase não assustava. Parece que o gol só veio mesmo para deixar o embate com ares de dramaticidade e suspense. Soares mexeu, trocou Tony e Adriano Apodi de posição colocando o estreando meio perdido em campo na sua posição de origem, e sacou Rômulo para entrada de Willans Santana, vaiado pela torcida. E não é que o contestado Willans resolveu calar os críticos. Aos 46, o meia recebe laçamento, dribla o goleiro e marca o terceiro fechando o caixão e colocando o Esquadrão na 3ª fase da Copa do Brasil.
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