O Bahia voltou ser aquele time aguerrido e lutador. A Torcida voltou a ser a Nação Tricolor que tanto encantou o Brasil. A Fonte Nova deixou de ser aquela Arena “clean” e européia demais. Todo mundo em pé, aquela muvuca maravilhosa, o estádio inteiro cantando e gritando o jogo todo... Lembrei fortemente da semifinal de 88, contra o Flu, jamais comparando os jogadores ou a competição, mas pelo clima dentro da Fonte. O Tricolor voltou!
Chegamos na Fonte com 20 minutos de antecedência e não adiantou porra nenhuma. Uma fila gigantesca, gente a dar de pau e acabei entrando somente no apito do juiz. Em campo, me retei com Sérgio Soares logo de cara. Por que William se a gente tem Rômulo? Pra quê insistir com Gamalho que não joga em há 4 partidas? Mas vamos lá.
O time entrou pilhado demais. Nervoso, errava muitos passes. Maxi começou bem demais e o Bahia começava dominando a partida. Pensei naqueles caras chatos da imprensa que viviam dizendo: “o Bahia não venceu ninguém da série b. Baianão não é parâmetro. E blablablá”. Dessa vez, o Tricolor dominava um time da Série A. O que será que os corneteiros chatos iriam dizer?
Mas aí aconteceu o lance do jogo. Em uma das muitas pixotadas de William a bola ia sobrando no meio pra o atacante pernambucano e Souza Ferrugem chegou chegando. Cartão amarelo para um volante, que já estava nervoso demais. Pensei: “lascou-se. Vai ser expulso”. Que nada! O cara cresceu na partida de um jeito que ninguém esperava. Diego Souza, malaco, começou a jogar em cima do volante amarelado para forçar a expulsão. Não conseguiu. Numa falta na lateral, o cruzamento na área foi fatal. Gol de Diego Souza.
Aí a Torcida do Bahia foi fundamental. Não parou de cantar um minuto sequer. E aumentou o som da bateria de tal forma que a comemoração dos pernambucanos nem incomodou. O Bahia continuou pressionando e melhor em campo, e o Sr. Ruy Cerqueira me sai com uma pérola: “Souza ta tão mal que é capaz de acertar um gol hoje”. Premonição...
Fim de primeiro tempo e a Torcida aplaudiu o time, mesmo perdendo.
Segundo tempo e os aplausos a equipe mostraram bem o quanto a Nação Tricolor está fechada com o time. Bola na lateral e Souza dá um corte seco no zagueiro e solta uma pancada para empatar o jogo e fazer explodir a Nação na Fonte! Tudo igual.
A gente nem tinha parado de comemorar quando Bruno Paulista cruza para Kieza e ele é derrubado. Pênalti e virada! BORA BAÊA MINHA PORRA!!!!
Pausa para falar sobre o outro time que só tinha feito o primeiro gol da partida. Outra falta na lateral e o cara cruza pra área. Douglas Pires falha feio e engole o peru da rodada! Novamente tudo igual e mais uma vez a vaga da final ficava com o Sport. A atitude dos jogadores do Bahia em tranquilizar o goleiro foi impecável. Thales abraçou o companheiro e demonstrou, claramente, que o grupo "tá fechado".
Mas hoje era o dia de Ferrugem. Bruno Paulista, de novo ele, cruza pra área,a bola desvia na zaga, engana o goleiro e Magrão corta pra dentro da pequena área. Souza, de novo ele, chega como centroavante e fecha o placar, para tristeza da “secadora” Viviane Rezende.
Bora Baêa Minha Porra! Um triunfo fantástico para embalar o time rumo a final. Aliás, assim como 88, acho que o jogo da Semi será mais difícil e emblemática, que a final. Mais de 40 mil Tricolores fizeram a festa. Ainda estou rouco de tanto gritar gol, mas queria falar um pouco sério. Alguns torcedores do Sport fizeram declarações infelizes contra os baianos. Uns idiotas que agora terão de engolir seu time aparecer no Fantástico com fundo musical pedido por Souza.
Que venha o Ceará na grande Final. E eles não conseguiram vencer o Canabrava’s Club, temos tudo para brocar os cearenses e garantir a parada logo no primeiro jogo, dia 22.
Abraços para Galera da Noa Embaixada Tricolor de Barreiras, na figura do meu amigo Maelson Dourado. E um recado aos Vices:
Aqui é Bahia, papá. Quem entrega em casa, é o outro.
Aqui é Bahia, papá. Quem entrega em casa, é o outro.
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