Teve de tudo! Expulsões, bola na rede, virada, gol de todo jeito, de pênalti, com frango do goleiro, de cabeça, bate-rebate, do meio da rua. Às vezes, não basta apenas a técnica para vencer uma partida, tem que ter vontade e raça, sangue na veia, e uma multidão de fiéis conduzindo 11 guerreiros.
Assim foi a decisão entre Bahia e Sport, neste domingo, na Arena Fonte Nova, tomada por 40.205 torcedores apaixonados, empurrando e vibrando junto com o time à cada segundo. Equilíbrio e nervosismo ditaram os 90 minutos mais fração. Cada bola disputada parecia que era a última. Cada falta marcada pelo juiz, reclamações vindas do campo e das arquibancadas.
O Leão abriu o placar com o meia Diego Souza, que provocou a torcida, achando que já estava ganho. Calma, meu filho! Do lado tricolor tinha um rapaz do cabelo meio vermelho e alaranjado apelidado de Ferrugem, um volante em dia de artilheiro, inspirado no ídolo Beijoca, homenageado antes do embate. O gol do Leão não foi capaz de silenciar a Nação Tricolor, o barulho não cessou, e o Bahia voltou para o segundo tempo mais arrumado e com imposição.
O rapaz do cabelo vermelho alaranjado que falei no início foi o autor do gol de empate, aos 7 minutos, em um chutaço de fora da área, especialidade dele que nos jogos anteriores não vinham dando certo. Minutos depois, pênalti para o Bahia. Souza pegou a bola, chamou a responsabilidade, e fez o segundo dele, virando a partida e colocando fogo na decisão. Magrão para um lado, bola para o outro. 2x1.
O Sport veio para cima, e conseguiu empatar com o lateral Renê, aos 13, com um frango bizarro de Douglas Pires, empate esse que dava a vaga para o time pernambucano e colocava ainda mais dramaticidade na decisão. Mas aos 18, o alívio, Souza, novamente ele, aproveitou rebote do goleiro Magrão e estufou as redes, desempatando a partida e colocando o Tricolor na grande final da Copa do Nordeste. Como falei em postagem antes da partida, 2001 se repetirá, estadual e nordeste é nosso. BBMP!
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