Buscando se recuperar no Campeonato Baiano e encostar nos líderes, o Bahia enfrentou a Jacuipense, no Estádio de Pituaçu que, apesar de ser nossa ‘casa’, o mando de campo era do adversário. Uma obrigação a mais para vencer a partida que marcava a estreia de Jeanzinho, filho do ex-goleiro Jean, como titular do time principal.
O Bahia começou o jogo pressionando. Logo no primeiro minuto, Tony cruzou na medida para Léo Gamalho que parou no goleiro. No rebote, Rômulo finalizou de primeira e a bola saiu tirando tinta da trave. A Jacuipense se fechava no campo de defesa, e dificultava os avanços do Tricolor, que demonstrava a mesma deficiência da partida anterior, falta de criatividade e pouca movimentação ofensiva.
Já que o Bahia não conseguia criar, o defensor do Leão grená resolveu ajudar derrubando Léo Gamalho dentro da área. O atacante até pegou a bola para bater o pênalti, mas Chicão foi para cobrança, deslocou o goleiro e marcou o primeiro do Esquadrão. Depois do gol, o tricolor baiano até se atirou mais ao ataque e teve boas chances de aumentar o placar, chances que fariam falta no final da partida.
Aos 39 minutos, Kieza recebeu passe de Rômulo, avançou, limpou a marcação e soltou a bomba da entrada da área, Marcio Greyck de forma espetacular salvou com as pontas dos dedos. Aos 44, mais uma boa chance, Bruno Paulista acertou um torpedo de longe, e novamente parou em outra boa defesa do goleiro. Na sobra, Chicão, sem marcação, conseguiu a proeza de acertar a trave.
No intervalo, o técnico Sérgio Soares foi ousado, sacou o jovem Rômulo e colocou Maxi Biancucchi no jogo. Mas quem marcou foi o adversário, se aproveitando de um "apagão" no sistema defensivo. A Jacuipense precisou de apenas dois lances e três minutos para virar a partida. Nadson (1 min) e Bruno Fonseca (3 min) marcaram, em duas falhas grotescas da defesa.
Após os gols 'relâmpagos', o Bahia tentou se encontrar no jogo, e até conseguiu criar, mais na base da vontade do que da organização tática. Bruno Paulista foi sacado para entrada de Zé Roberto, deixando o time com quatro atacantes em campo. Aos 13 minutos, Léo Gamalho aproveitou cruzamento de Tony e cabeceou para boa defesa de Márcio Greyck. Aos 19, foi a vez do lateral Carlos parar no goleiro.
Aos 27 minutos, o zagueiro Luciano fez falta dura, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Mesmo com um a mais em campo, o Bahia não conseguiu balançar as redes da Jacuipense. Aos 30 minutos, Maxi Biancucchi aproveitou desvio de Kieza e cara a cara com o gol finalizou em cima do goleiro Márcio. Não satisfeito, o técnico Sérgio Soares colocou mais um atacante em campo. O jovem Mateus entrou no lugar do lateral Carlos.
Aos 36, Zé Roberto aproveitou cruzamento da esquerda e marcou o gol, mas o juiz anulou assinalando posição irregular. O juiz deu quatro minutos de acréscimo, mas poderia ter dado 45 minutos que o Bahia não faria o gol. O Tricolor lutou até os minutos finais, mas esbarrou no goleiro Márcio ou na falta de pontaria. Final de jogo em Pituaçu: Jacuipense 2x1 Bahia.
ANÁLISE:
O time mais uma vez mostrou deficiência no setor de criação, talvez por falta de um meia de armação, famoso "cabeça pensante". Não temos um legítimo camisa 10, e o jogador que poderia contribuir na criação pela qualidade do passe, estava preso na marcação e pouco apareceu no jogo (Bruno Paulista).
Outra deficiência é o posicionamento da defesa e a bola cruzada na área. Tomamos dois gols bobos em bolas levantas na área. Contra o CRB foi assim, e agora se repetiu novamente. Mas sem tempo para lamentações. Agora é trabalhar para corrigir os erros e não se complicar ainda mais no fraco Campeonato Baiano.
Nenhum comentário :
Postar um comentário