sábado, 17 de janeiro de 2015

Que venham os alemãs. Bahia de Munique 3x2 Shakhtar

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E o Bahia volta aos gramados. O adversário, o Shakhtar Donetsk. Aí você pensa: o Bahia,recém rebaixado, voltando de férias. Os ucranianos, no meio da temporada, se preparando para pegar o Bayern na Champions League. A expectativa era uma só. Vamos fazer a festa, curtir o momento, bater foto do ingresso e mostrar para os filhos, ver os gringos jogando e o resultado... bem, já tínhamos o álibi para a derrota.


Mas esse Bahia é retado pra mudar previsões. Jogando bem, aproveitando a lentidão dos gringos, o Bahia começou melhor e abriu o placar com Rômulo cobrando falta. Brocávamos uma das 8 melhores equipes da europa, no momento.

O Tricolor seguia melhor e os visitantes só assustaram depois dos 20 minutos. Também, depois disso, só deu os caras. O empate e a virada aconteceram tão rápido que nem deu tempo do time se achar em campo.

Fim de primeiro tempo, a festa corria nas arquibancadas, as filas nos bares eram gigantescas e o Bahia fazia uma promoção no estilo das que aprendemos na Pós de Marketing Esportivo. Lembrei do Prof. Jorge Avancini (guarde esse nome, Nação Tricolor) e da sua aula sobre fazer de um jogo, um grande evento. E foi isso que aconteceu. 

Foi tudo muito bem feito. Anúncio da contratação de Chicão, apresentação do elenco da temporada, charanga com músicas do Bahia, promoção de sócios batendo pênalti (só não gostei do mascote como goleiro. Símbolo Tricolor tomando gol, não foi uma ideia legal), jogo festivo com outra grande equipe... enfim, tirando a atitude infeliz da Torcida Povão, de colocar as bandeiras de cabeça pra baixo em um jogo que seria transmitido internacionalmente, foi tudo tão bem que o menos importante era o resultado adverso.

E veio o segundo tempo. O técnico do Bahia trocou o time inteiro. Que sacada genial. O time voltando de férias, longe do condicionamento ideal, joga só metade e deixa os reservas correrem no segundo. E deu certo.

Depois de uma nítida superioridade ucraniana nos minutos iniciais da segunda etapa, uma jogada que nunca deu certo no Bahia, dessa vez, deu. Chutão do goleiro, bola raspada de cabeça e um atacante entrando na diagonal e pegando de primeira. Golaço do garoto dispensado e emprestado, no ano passado, por falta de qualidade técnica, segundo o ex-treinador Marquinho Santos.

O jogo seguia equilibrado e o raio caiu pela segunda vez no mesmo lugar. Nos pés de Zé Roberto, que de novo, cara a cara com o goleiro, marcou seu segundo gol na partida.

Agora sim, a festa estava completa. O pior, é que esqueceram de avisar a Nação Tricolor, que era só um amistoso. Mais de 17 mil pagantes compareceram para ver a partida numa sexta à noite. Saímos do estádio comemorando o jogo, a festa, o resultado, as promoções, a volta à Fonte e saímos cantando nossos hinos puxados pela charanga até saída do estádio. 

Gostei da postura do time, sem os malditos três volantes de outrora. Um time mais leve, com mais pegada, com bons nomes, como Rômulo, Zé Roberto, Jeam e Matheus. 

Bora Baêa Minha Porra! Que venha o Bayern, porque os ucranianos ficaram pra trás. :) 
Atenção pra o próximo grande jogo amistoso da Bahia. O Jacuipense joga hoje, fora de casa, contra o atual vice-campeão baiano. 

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