quinta-feira, 3 de julho de 2014

Copa do Mundo é para homens, brancos e ricos

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Ir ao estádio para apoiar o Brasil é coisa para homens, brancos, ricos e com escolaridade superior. Pelo menos no Mundial. Uma sondagem feita pelo Jornal Folha de São Paulo, que revela que os adeptos brasileiros nos estádios fazem parte de uma elite.

A sondagem foi realizada nas imediações do Estádio Mineirão, antes do jogo dos oitavas-de-final entre o Brasil e o Chile, e visava traçar um retrato dos brasileiros que assistem aos jogos nos estádios, para esta partida.

A esmagadora maioria (90%) dos 693 inquiridos pertence às classes A e B – as mais altas em termos de rendimento. Cerca de dois terços (63%) é de raça branca, 24% são mestiços e 6% de raça negra. A larga maioria dos inquiridos disse ter um curso superior (86%), enquanto 13% afirmou ter concluído o ensino secundário. Uma minoria (1%) disse ter apenas o curso fundamental

A comparação com a realidade social brasileira, mostra que os adeptos que conseguem um lugar nos estádios do Mundial, fazem parte de uma minoria rica, branca e muito letrada. Apenas 31% dos brasileiros pertence às classes superiores e os brancos representam apenas 39%, ultrapassados ligeiramente pelos mestiços (41%). O mais comum, em termos de habilitações, são os brasileiros que estudaram até ao ensino fundamental (39%) ou até ao secundário (45%). O curso superior abrange apenas 16% da população total.

As realizações televisivas bem tentam captar as adeptas mais bonitas, mas a verdade é que são os homens que estão presentes, em maioria (75%), nos estádios. Este é outro dado que contraria as tendências nacionais, em que se regista uma maioria de mulheres (52%). A média de idades dos adeptos está nos 34 anos, e a faixa etária maioritária é a dos 25-34 anos (44%).


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