Após um longo período desaparecido, o rubro-negro Franciel Cruz, finalmente , abandona o amparo do Quartel de Amaralina e volta às suas “reflexões” sempre super bem humoradas, desta vez, viajando pelo BA-VI do último Domingo, onde o Esporte Clube Vitória, ainda com todo o favoritismo, decepcionou os seus torcedores, quando apenas empatou com o Esporte Clube Bahia que, até então, continua como um projeto mal-nascido e que nada se assemelha com algo próximo ou parecido com um time de futebol que o torcedor do Bahia pede e, sobretudo, precisa, penso.
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Uma das maiores culhudas (se vocês não sabem o que é culhuda, num posso fazer nada) sobre a Bahia é a de que o ano aqui só começa depois do Carnaval.
Tal afirmação, que a princípio pode ser vista apenas como uma blague, tem como objetivo reforçar o preconceito propagado pelas elites locais de que baiano (no caso, o negro) é preguiçoso. Aliás, com o forte êxodo dos nativos rumo ao Sul Maravilha em meados do século passado, a ignomínia se propagou pelo Brasil e foi aceita e reforçada como verdade, tendo o auxílio pernicioso do odiento racismo. Tal infâmia foi desmascarada há coisa de 15 anos pela antropóloga Elisete Zanlorenzi, em sua tese de doutorado, O Mito da Preguiça Baiana.
Portanto, repito: esta história de que o ano aqui só começa depois do Carnaval é culhuda. (Ah, minha comadre, se a senhora a esta altura ainda não foi pesquisar o significado de culhuda, paciência). Mas, a verdade é a seguinte. Qualquer pessoa que conheça minimamente esta província lambuzada de dendê e de exclusão sabe que o ano aqui só começa realmente após o primeiro Ba x VI, a Mãe de Todas as Batalhas.
“Ah, entendi. Então, como neste domingo teve o clássico, finalmente estamos no ano novo na Bahia”, conclui o apressado leitor.
Há controvérsias, amigo de infortúnios – até porque aquele bolinha de gude sem vontade jogada pela dupla Ba x Vi não pode ser digna de ganhar o nome de clássico.
PUTAQUEPARIU A MARESIA!!!
Mas, chega de prolegômenos. Vamos às quatro linhas.
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