terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O massacre da Fonte Nova: O destaque de 2013

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O futebol baiano, bipolarizado, precisa bem além de 365 dias para acontecer uma novidade, se movimentar e ganhar destaque, seja ele positivo ou negativo e foi assim no ano de 2013, que pronto para se despedir, já começa a abrir espaço para uma etapa que esperamos que seja de maior prosperidade. O Bahia acena boas contratações, enquanto o Vitória as renovações de contratos dos jogadores aprovados, logo importantes.

Em 2013, o Esporte Clube Vitória ganhou o mais fácil Campeonato Baiano da história recente dentro do meu limitado conhecimento, espancando o adversário tricolor por duas vezes de goleadas, em uma malvadeza sem igual. No segundo semestre mostrou ser o melhor e único time estruturado no estado, ao fazer uma campanha digna no Brasileiro, que veio para polir a já reluzente estima rubro-negra, e o melhor, não acresceu ou antecipou o nível de cabelos brancos dos seus torcedores, pelo contrário, fez uma campanha capaz em transformar em nulo a surra que levou do Ceará, em pleno Barradão. A única decepção antes não prevista.

O Bahia fracassou em todas as competições que disputou, aliás, foi violentamente maltratado pelo ABC de Natal, pela Copa do Nordeste, competição em que foi eliminado ainda na fase de grupo. No segundo semestre, quase aplica um golpe de mestre nos seus torcedores, quando começou o Brasileiro dentro do G4, vencendo adversários importantes, no fim lutou, sofreu, mas obteve o alvará de licença para o exercício 2014 no Brasileiro, mas trouxe fadiga e mal estar em quase a totalidade do ano de 2013 dentro de campo.

Por outro lado e em outros campos foram produziram mudanças radicais na área administrativa, com o pé na bunda do engomado-teimoso e hoje é administrado por Fernando Roth Schmidt, que prometeu colocar tinta fresca no tinteiro seco da torcida tricolor para respeitar e consultar os crivos dos verdadeiros proprietários do clube. Mas o emagrecimento da região tricolor, também foi marcante no ano que se acaba, quando abandonou o ouro para assumir, sem qualquer pudor, o chumbo, com a sexta média de público do brasileiro, motivada quase que exclusivamente, por promoções de última hora.

Fugindo da linha dos de sempre, a única novidade aconteceu em Feira de Santana, local onde Bahia de Feira se transformou em Vitória de Feira, movido pelas promessas de mimos do rubro-negro da capital. O Galícia, depois de vários anos afastado, retorna à primeira divisão e o querido Ypiranga fracassou como antes, enquanto o Botafogo, um clube inexistente, bem abaixo do amador, se manteve na primeira divisão, mas Catuense promete reeditar em 2014 a fase áurea de Bobó ao subir para a primeira divisão.

Fora das quatro linhas, sem dúvida, a reinauguração do Estádio da Fonte Nova foi o fato que gerou as maiores expectativas e a maior tristeza, notadamente pelo torcedor do Bahia, que ávido por um aluguel instável, acreditou que poderia reeditar seus momentos de glória em um equipamento já conhecido, porém agora novo e perto, moderno e, dizem, até cheiroso, e entre os iludidos me incluo hoje completamente resignado. Aliás, fui além, quando acreditei também, acho que por precipitação e alguma desinformação, que a Fonte Nova deveria ser o mando de campo do Esporte Clube Vitória também. Enganado, mas humilde, retiro tudo o que disse antes, com a promessa de não repetir a tolice.

No entanto, se as expectativas eram as melhores antes, tornou-se um enorme pesadelo 90 minutos depois para os tricolores. Em pleno dia de uma festa dia-a-dia esperada, com mando de campo sendo do Bahia e maior parte da torcida também, o tricolor da liga de aço, foi submetido, subjugado e rendido, diante de uma goleada histórica de 5 x 1 para o maior rival, dando adeus ao sonho da conquista do Bi-Campeonato, para lugar dar vazão à criatividade rubro-negra, que inseriu descaradamente o aguardente de cana no cenário do futebol local, aumentando em doses embriagantes o desamparo moral do torcedor do Bahia.

Por isto, pelo que representou para o Esporte Clube Vitória, por ter sido um fator desencadeador e determinante para revolta da torcida tricolor contra o engomado-teimoso, que mais tarde se transformou em mudanças significativas no clube, reputo, o jogo entre Bahia 1 x 5 Vitória, o fato mais importante do futebol local em 2013.

Nota – Se você é torcedor do Bahia ou Vitória e não concorda com a importância deste feito, retruque e crie um fato novo que reproduzimos com o mesmo destaque. Ou, por exemplo: diga, qual foi a pior contração do Futebol Baiano em 2013, o Pelé americano Freddy Abu pelo Bahia, ou o atacante do outro mundo, Rômulo, pelo Vitória, já que conhecemos apenas as circunstâncias, porém ainda desconhecemos a utilidade de ambos. Enfim, temas abertos que retratem o que aconteceu de importante no futebol baiano serão aceites e imensamente agradecidos e creditados.

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