terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Bahia tenta romper contrato com a NIKE

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Quando o Bahia selou o contrato de patrocínio com a fornecedora de material Esportivo Nike, foi um alvoroço enorme, diante da repercussão positiva gerada pela torcida do Bahia, chegando até a suplantar a contratação de um grande jogador e foi assim sempre na apresentação de cada novo uniforme, fato que era difícil de entender, afinal, trata-se apenas de uma camisa de uma empresa de péssima reputação extracampo.

Hoje, após a posse da nova diretoria, o casamento entrou em processo de distrato, de um contrato com final previsto apenas em dezembro de 2015, garante o jornalista Marcelo Sant'Ana no seu BLOG pessoal.

Segundo ele, o Bahia já fez 5 reuniões com representantes da Nike no período de três meses. Depois do segundo encontro (entre presenciais ou por teleconferências), o assunto é o mesmo: a rescisão do contrato.

A multa para distrato custa cerca de R$ 2 milhões e, segundo o documento, apenas o Bahia é obrigado a pagar em caso de rescisão. Caso a desistência seja da Nike, não há multa prevista. E é justamente isso que a diretoria tenta fazer: convencer a patrocinadora a cancelar o contrato.

Ainda segundo o jornalista, a relação entre clube e fornecedora de material esportivo é ruim desde a raiz. No acordo, a Netshoes, rede de artigos esportivos na internet, funciona como intermediária entre as partes. Por isso é comum os uniformes vazarem no site da empresa antes do lançamento oficial – e sem os patrocinadores do clube. A Nike nunca encarou o acordo com o Bahia como prioritário, embora a propriedade seja interessante, especialmente até à Copa de 2014, pois Salvador é cidade-sede e os direitos do Mundial são da Adidas.

Outros problemas, na versão da diretoria tricolor, incluem a má distribuição de produtos aos lojistas, a falta de ações de ativação de patrocínio e a qualidade do material dos uniformes, que ainda são cópias de times europeus – a branca usada no Brasileiro é variação da vermelha do Manchester United e o terceiro padrão imita o Freiburg. Inclusive, a crise entre as partes inviabilizou até o lançamento do modelo tricolor previsto para o segundo semestre deste ano.

O Bahia já tem duas empresas interessadas em patrociná-lo: a Adidas acena com R$ 5 milhões por contrato de dois anos, enquanto a Puma sinaliza R$ 6 milhões por três temporadas. Nenhuma, até agora, convenceu a diretoria.

Os valores incluem luvas e material esportivo. É suficiente para pagar a multa? É. Mas não sobraria extra em caixa, fora o risco de briga judicial com a gigante americana. Daí o Bahia ainda não avaliar rescindir unilateralmente.

E há outro detalhe importante: o Bahia planeja maior autonomia, assumindo, através de terceirizados, até aspectos da confecção das camisas, como já acontece em alguns casos na divisão de base. É uma estratégia nova no mercado e nem adidas ou a Puma estão seguras em topar.

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