Um time de guerreiro. Assim, Ney Franco definiu o Vitória deste domingo, contra o Fluminense, no triunfo de virada, por 3 x 2, no Maracanã. O técnico rubro-negro falou durante a coletiva:
“No intervalo falei aos jogadores que a gente está cheio de exemplos de equipes que se superam com jogador a menos e até vencem os jogos. A gente sabe que o Fluminense tem o nome de guerreiro e acho que a nossa equipe hoje também foi muita guerreira”.
Guerreira e com destaques para muitos jogadores, citados nominalmente pelo treinador: “Alguns jogadores se destacaram na parte ofensiva, no caso do Marquinhos. Outros se destacaram muito bem. O Luiz Gustavo, por exemplo, entrou para compor a defesa com Victor (Ramos) e jogou muito bem. Os dois laterais jogaram muito bem, o Cáceres fez uma partida que não aparece para a torcida, mas dá uma proteção muito boa para a defesa, e ao mesmo juntamente com o Escudero a gente ganhou em qualidade em termo de saída de bola. Foi um trabalho completo. A comissão técnica trabalhou muito bem e, principalmente, os jogadores que se entregaram e aliaram a parte técnica, tática e física”.
Mesmo satisfeito com a série de quatro jogos pontuando – foi o terceiro triunfo em quatro jogos depois da última derrota – Ney Franco questionou o cartão vermelho direto recebido pelo zagueiro Kadu.
“Eu não quero apagar essa vitória nossa e falar muito de arbitragem. Só queria dar um toquezinho: quem expulsou não foi o juiz. Foi alguém de fora que expulsou. O juiz estava na minha frente, tirou o cartão amarelo e ia dar o cartão amarelo. Está acontecendo muito isso no Campeonato Brasileiro. A gente tem que perceber quem realmente está vendo o monitor e definindo expulsão de jogador. Aconteceu isso aqui no Maracanã e a gente precisa começar a prestar atenção na escala de quem está tendo essa incumbência de definir resultados. Kadu fez uma falta grave, ele tirou a bola e deixou o pé. Falta na minha avaliação para cartão amarelo e o juiz ia dar. Mas como o jogo ficou muito tempo parado, alguém viu no monitor e definiu a expulsão”.
Victor Ramos e Kadu estão fora do jogo contra o Corinthians, domingo, no Barradão. Kadu foi expulso ao disputar uma dividida com Diguinho.
“Estamos com o Luiz (Gustavo) num bom momento. Ele vinha jogando muito bem. Para esse jogo específico, minha decisão pra retirá-lo foi forçada, porque eu queria um volante de origem. Mas ainda bem que ele estava no banco, porque entrou bem. Vamos ver entre o Renato (Santos) e o Reniê, que ficaram em Salvador participando de outra competição, quem está em melhores condições de entrar”, disse o treinador.
Ao explicar a boa campanha, destacou a estrutura do clube e a mobilização dos jogadores e apoio dos funcionários:
“Um conjunto de fatores fez o Vitória crescer e nos dá a expectativa de finalizar a competição dentro do G4. Primeiro, a estrutura que o clube está dando, a diretoria, com todos os profissionais do departamento médico, fisioterapeutas, todo mundo envolvido no projeto, o trabalho da comissão técnica que chegou com a comissão técnica permanente do clube e, principalmente, a qualificação dos nossos jogadores. Eu falei com os jogadores hoje na minha palestra que eu já tinha definido com a família que não trabalharia mais este ano, mas quando veio o convite do Vitória a primeira coisa que olhei foi o elenco e o que me fez apostar de novo em um projeto nesta temporada foi o elenco. Quando eu vi Wilson no gol, Juan, Ayrton, Victor Ramos, o Kadu, que tinha acabado de ser contratado e que acompanhei muito no Campeonato Paulista, o Escudero, Cáceres, a gente pediu a contratação do Luiz (Gustavo), o Marquinhos, que pra mim é um dos melhores atacantes do futebol brasileiro, Cajá, Dinei e uma equipe que tem uma boa categoria de base, eu apostei e está dando certo”.
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