quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Bahia e a Sindrome da "Apatia Aguda"

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Como um folião que sofre de virose após o carnaval, o Bahia parece ter sido acometido com uma virose chamada "Apatia Aguda" após o triunfo contra o Botafogo do Rio, no Maracanã. O triunfo maiúsculo, que deveria fazer bem ao tricolor e empurrá-lo para um sequência de bons resultados, teve efeito contrário e parece ter desestruturado o time tricolor.

O fato é que o Bahia não está jogando bem desde a partida contra o Nacional de Medelin, pela Sulamericana. No domingo, ouvi Cristovão valorizar a atuação do time contra o Vasco e colocar a culpa de não ter alcançado o triunfo no cansaço dos jogadores. Mesmo discordando, procurei compreender. Mas para ficar calado e sem criticar um time que não conseguiu se impor diante de dois adversários que vinham em péssimo momento dentro do Brasileirão, é preciso ter mais do que paciência.

Se alguém discorda dessa análise, vamos aos números: Quantos lances agudos de gols o Bahia criou nos últimos três jogos? Quantos gols o tricolor marcou nas últimas três partidas? Quantos pontos o Bahia somou em nove disputados (sendo três deles pela Sulamericana)? Evidente que alguma coisa está acontecendo com o Bahia. Cadê o futebol do time? Desapareceu? Assim como fora no primeiro turno, em que o Bahia fez um resultado muito bom contra o Flamengo na Fonte Nova e depois entrou em queda de rendimento importante, parece que o triunfo contra o Botafogo, definitivamente, não fez bem ao tricolor.

O time ainda está relativamente tranquilo quanto à risco de rebaixamento, pelo menos por mais uma rodada. Mas também já começa a dar adeus a qualquer oportunidade de conquistar vaga para a Libertadores e sabe-se Deus se vai ter condições de lutar para ficar entre os dez primeiros. E mais: ainda corre o risco de perder a classificação para a Sulamericana.

É, caros torcedores, o futebol do Bahia caiu justamente quando o time mais precisava de bons resultados. O time vem se apresentando apático e inofensivo, entregando pontos importantes para os adversários, mesmo aqueles que não estão bem no Brasileirão. O tricolor terá pela frente dois jogos dificílimos na Fonte Nova, um deles o clássico BAVI, e vai ter que jogar futebol se não quiser ver a ameaça do rebaixamento de volta.

E não adianta se iludir. Diante da falta de dinheiro para contratar, só nos resta torcer para mais três triunfos e dois empates na competição, para que o tricolor se livre de vez do rebaixamento, porque mais uma vez essa será a nossa luta. A parte inferior da tabela se apresenta ao Bahia, que se complica em si mesmo, apequenando-se quando tem condições plenas de fazer "cara feia" para os concorrentes. 

Vinicius Sampaio 

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