quarta-feira, 24 de julho de 2013

MGF: faça-nos o favor, vá embora

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Para nós que somos torcedores do Esporte Clube Bahia sempre nos pareceu estranho o fato de um clube com tamanha tradição e importância no cenário futebolístico brasileiro chegar a condições tão embaraçosas. Temos história de um gigante do futebol e vivemos ameaçados por tormentos de clube pequeno (rebaixamento, atraso de salários, dirigentes despreparados, categoria de base precária, departamento jurídico inexistente). 

Refiro-me à presença do Bahia nas séries B e C do Brasileirão, mas, acima de tudo, refiro-me às condições precárias que o clube se encontra. O Bahia deixou de ser o que sempre foi, para ser esse Clube atrasado, com dirigentes capazes de mostrar sua verdadeira cara nas redes sociais (twitter, por exemplo, com suas grandes noitadas, bebedeiras e manhãs de ressaca...) 

Para deixar ainda mais clara minha posição, vou dizer que moro em São Paulo e que nos últimos 10 anos assistimos de camarote a revolução em um clube de futebol. Refiro-me ao Corinthians que nesse lapso de tempo conseguiu mudar sua história, talvez inspirado num Plano 100 anos em 10 (inspirado em JK, talvez...). 

No Brasil também vimos o sobejo crescimento de outros clubes como o Esporte Clube Internacional, que em pouco mais de 10 anos de profissionalização do futebol alcançou resultados expressivos (em campo, mas principalmente fora dele...). Quantos mil sócios pagantes tem o Internacional hoje? Quantos títulos foram ganhos? Quanto cresceu a infraestrutura do clube? 

Noutro giro, vimos a bancarrota de outros clubes como o Palmeiras, o Vasco da Gama... o que há de comum entre esses clubes? Diretoria e presidência despreparadas e, muitas vezes, corruptas. 

Nós, torcedores do Bahia em São Paulo e em outras regiões do Brasil, nunca compreendemos o porquê de o clube estar tão mal, jogado, corrompido pelas maiores das desgraças que assolam nosso povo: a corrupção, a falta de transparência, o locupletamento indevido da paixão alheia em proveito de poucos (não é só dinheiro... rouba-nos a fé e a esperança de dias melhores). 

A atual direção - felizmente afastada por um corajoso juiz de direito - transparece a impressão que é a torcida - e não os despreparados dirigentes - a parte errada e despreparada; que o torcedor do Bahia é míope porque não consegue ver e reconhecer os investimentos feitos pela atual gestão. 

A bem da verdade, "presidente", você é apenas mais um capítulo triste da história do Bahia, você (e nós esperamos que seja realmente assim) será a última página dessa história cheia de omissões, de obscuridades e de contradições (pergunte ao seu advogado Kakay, ele lhe explicará o conceito jurídico dessas três palavras). 

Eu, porém, explico o conceito puro e simples: contradições, omissões e obscuridades na gestão de seu grupo não serão mais toleradas, pois "apesar de você, amanhã há de ser um novo dia". O Bahia merce muito mais do que você. 

A torcida do Bahia é das mais apaixonadas. Eu diria que poucos torcedores são tão loucos por um time, são capazes de fazer tanto por um time quanto a torcida do Bahia o é. Até campanha de público zero (boicotada de forma pífia e mal intencionada por MGF) foi feita. Protestos, manifestações apaixonadas e protestos, demonstram a atual esquizofrenia de um povo cansado de sofrer e em crise com a própria fé. 

Presidente, faça-nos o grande favor e vá embora. presidente, faça-nos o grande favor e nunca mais volte. presidente, faça-nos o grande favor e devolva o Bahia a quem direito e evite que nós façamos isso com as próprias mãos, esquecendo-nos por algumas horas que o exercício arbitrário das próprias razões não é o melhor caminho. 

No final, somos nós - e não você, MGF - a "voz do campeão". E nossa atual batalha é a moralização desse Clube. 

Eduardo S. Rodrigues, é de São Paulo e torcedor do Bahia

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