Este assunto já foi tratado aqui na tampa da lata, no
entanto, sem os detalhes, muito menos, sem dimensionar o tamanho da repercussão
negativa que o fato causou na imprensa fora do estado.
É o caso do site Terra, que através do jornalista Dassler Marques trás um longa matéria tratando do assunto, fraude que é comum, mas não perde o status de vergonhoso, especialmente para o Esporte Clube Bahia, que vive uma crise em outros setores. Veja:
Na última sexta, com o meia Josué em campo, o Bahia se sagrou Campeão da Copa Metropolitana Sub-17 ao bater o rival Vitória. Mas o jogador não poderia estar neste e em todos os outros torneios juvenis que disputou nos últimos anos. Documentos obtidos pelo Terra (confira no fim do texto) com exclusividade confirmam fraude de quatro anos nos registros do jogador. Ele está, inclusive, inscrito na CBF com contrato profissional de três temporadas.
O paraense Josué Magson Dourado da Silva se chama, na realidade, José Magson Bezerra Dourado. Não nasceu em 22 de março de 1996, e sim em 22 de março de 1992. A informação foi confirmada por cartório de João Lisboa, no Maranhão. Em resumo, o documento diz sobre a certidão apresentada pelo jogador: “constatei a inexistência do mencionado registro de nascimento”.
A fraude nos documentos de José havia sido descoberta pelo Goiás, no qual atuava, há aproximadamente um ano. Ele era destaque na equipe juvenil, mas chamava a atenção pela explosão muscular muito acima da média na categoria. Descoberta a diferença de quatro anos, o jogador foi colocado nos juniores. Também abalado, não repetiu o desempenho e foi dispensado meses depois.
No Bahia, repetiu a estratégia de se passar como um jogador nascido em 1996 e encontrou guarida. Rapidamente se estabeleceu como titular dos juvenis. Segundo o Terra apurou, entretanto, dirigentes do Bahia foram alertados sobre a idade real de Josué. Um deles, mais recentemente, o gerente de futebol profissional Anderson Barros. As providências não foram tomadas, e com ele em campo a categoria Sub-17 levou título da Copa Metropolitana sobre o Vitória. O rival, porém, se revoltou.
Logo depois da partida, o Vitória acusou a documentação irregular do atleta que havia estado em campo. O Bahia se anunciou surpreso pela denúncia e prometeu apurar, mas omitiu o alerta que já havia sido feito pelo Goiás. “A equipe goiana não relatou nenhuma irregularidade de documentação e informou que o mesmo foi liberado por excesso de atletas na posição”, disse em comunicado. A afirmação não é verdadeira: em 2012, no Campeonato Goiano Sub-17, Josué era o principal destaque do time. Foi afastado, justamente, pela documentação adulterada.
Caso de “gato” é mais um capítulo da crise instalada há meses nas divisões de base do Bahia
O episódio de Josué faz crescer a crise que se estabelece sobre as categorias de base do Bahia e tem vários capítulos durante a administração do presidente Marcelo Guimarães Filho. Há alguns meses, foram revelados dois jogadores que apontavam ter nascido em 1998 e integravam a equipe juvenil. Um deles, já havia atuado por seleções de base, inclusive.
Ainda no contexto da crise, recentemente o clube perdeu na Justiça os direitos sobre o zagueiro Maracás, o lateral Alef, maior destaque dos juvenis, e o atacante Ítalo Melo, o melhor dos juniores. O Bahia ainda recorre, mas o diagnóstico de atraso nos pagamentos do FGTS costuma ser fatal. Alef deve repetir o caminho adotado por Mansur (93), hoje titular do Vitória e que saiu da Fazendinha em circunstâncias similares no passado.
As ações dos três jogadores na Justiça, segundo especulações, seriam represália arquitetada por Newton Motta, ex-superintendente das divisões de base e demitido pelo presidente Marcelo Guimarães Filho no fim do último mês. Para o lugar de Motta, o Bahia contratou Carlos Anunciação, o Carlão, que trabalhava no Vitória.
Em fevereiro, o Terra apresentou notas fiscais que revelavam informação falsa divulgada pelo Bahia no repasse dos direitos econômicos dos jogadores Filipe (91) e Maranhão (90) ao fundo de investimento Calcio. Clique aqui e confira a reportagem.
É o caso do site Terra, que através do jornalista Dassler Marques trás um longa matéria tratando do assunto, fraude que é comum, mas não perde o status de vergonhoso, especialmente para o Esporte Clube Bahia, que vive uma crise em outros setores. Veja:
Na última sexta, com o meia Josué em campo, o Bahia se sagrou Campeão da Copa Metropolitana Sub-17 ao bater o rival Vitória. Mas o jogador não poderia estar neste e em todos os outros torneios juvenis que disputou nos últimos anos. Documentos obtidos pelo Terra (confira no fim do texto) com exclusividade confirmam fraude de quatro anos nos registros do jogador. Ele está, inclusive, inscrito na CBF com contrato profissional de três temporadas.
O paraense Josué Magson Dourado da Silva se chama, na realidade, José Magson Bezerra Dourado. Não nasceu em 22 de março de 1996, e sim em 22 de março de 1992. A informação foi confirmada por cartório de João Lisboa, no Maranhão. Em resumo, o documento diz sobre a certidão apresentada pelo jogador: “constatei a inexistência do mencionado registro de nascimento”.
A fraude nos documentos de José havia sido descoberta pelo Goiás, no qual atuava, há aproximadamente um ano. Ele era destaque na equipe juvenil, mas chamava a atenção pela explosão muscular muito acima da média na categoria. Descoberta a diferença de quatro anos, o jogador foi colocado nos juniores. Também abalado, não repetiu o desempenho e foi dispensado meses depois.
No Bahia, repetiu a estratégia de se passar como um jogador nascido em 1996 e encontrou guarida. Rapidamente se estabeleceu como titular dos juvenis. Segundo o Terra apurou, entretanto, dirigentes do Bahia foram alertados sobre a idade real de Josué. Um deles, mais recentemente, o gerente de futebol profissional Anderson Barros. As providências não foram tomadas, e com ele em campo a categoria Sub-17 levou título da Copa Metropolitana sobre o Vitória. O rival, porém, se revoltou.
Logo depois da partida, o Vitória acusou a documentação irregular do atleta que havia estado em campo. O Bahia se anunciou surpreso pela denúncia e prometeu apurar, mas omitiu o alerta que já havia sido feito pelo Goiás. “A equipe goiana não relatou nenhuma irregularidade de documentação e informou que o mesmo foi liberado por excesso de atletas na posição”, disse em comunicado. A afirmação não é verdadeira: em 2012, no Campeonato Goiano Sub-17, Josué era o principal destaque do time. Foi afastado, justamente, pela documentação adulterada.
Caso de “gato” é mais um capítulo da crise instalada há meses nas divisões de base do Bahia
O episódio de Josué faz crescer a crise que se estabelece sobre as categorias de base do Bahia e tem vários capítulos durante a administração do presidente Marcelo Guimarães Filho. Há alguns meses, foram revelados dois jogadores que apontavam ter nascido em 1998 e integravam a equipe juvenil. Um deles, já havia atuado por seleções de base, inclusive.
Ainda no contexto da crise, recentemente o clube perdeu na Justiça os direitos sobre o zagueiro Maracás, o lateral Alef, maior destaque dos juvenis, e o atacante Ítalo Melo, o melhor dos juniores. O Bahia ainda recorre, mas o diagnóstico de atraso nos pagamentos do FGTS costuma ser fatal. Alef deve repetir o caminho adotado por Mansur (93), hoje titular do Vitória e que saiu da Fazendinha em circunstâncias similares no passado.
As ações dos três jogadores na Justiça, segundo especulações, seriam represália arquitetada por Newton Motta, ex-superintendente das divisões de base e demitido pelo presidente Marcelo Guimarães Filho no fim do último mês. Para o lugar de Motta, o Bahia contratou Carlos Anunciação, o Carlão, que trabalhava no Vitória.
Em fevereiro, o Terra apresentou notas fiscais que revelavam informação falsa divulgada pelo Bahia no repasse dos direitos econômicos dos jogadores Filipe (91) e Maranhão (90) ao fundo de investimento Calcio. Clique aqui e confira a reportagem.
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