Após vexatório início de ano, com a desclassificação da Copa do
Nordeste, vice-campeonato humilhante no Baianão e desclassificação para o
Luverdense na Copa do Brasil, o tricolor, que não é mais de aço,
estreou mal no Brasileirão e já registra a sua primeira derrota.
Sobre o jogo, nada de novidade, além do que podíamos esperar. Alguns
jogadores até foram voluntariosos, mas a falta de qualidade técnica do
elenco do Bahia foi decisiva para construção do placar. Com uma defesa
vulnerável, erros infantis e até a falha do goleiro Lombar, o Bahia só
precisou ver o Crisciúma jogar o necessário para fazer 3 a 1. Mais um
resultado que só faz aumentar a crise no clube, que vai caminhando a
passos largos para um desfecho de ano desastroso.
No âmbito administrativo, o presidente Marcelo Guimarães Filho - MGF
continua resistente e não reconhece as suas limitações a frente do
ex-quadrão. Alega o retorno à série A e a conquista de um campeonato
baiano (um em cinco disputados, diga-se de passagem) como feitos
grandiosos da sua gestão. Continua também calado sobre as denúncias de
irregularidades envolvendo o clube (na formação do conselho em 2011,
relação com a empresa Cálcio, estatuto que se diz democrático mas que é
contraditório nesse aspecto).
Na esfera da insatisfação, a torcida continua a se manifestar, em todas
as partes do país, o processo de intervenção está em andamento e a massa
tricolor está se cadastrando no "Bahia da Torcida" (acesse este link http://www.borabahiadatorcida.com.br/). A campanha PÚBLICO ZERO deve permanecer já na próxima partida de Pituaçu, quarta-feira, contra o campeão paranaense, o Curitiba.
Para completar, Willian (ex-jogador do Corinthians) recusou a proposta
para assumir a Superintendência de Futebol no clube, alegando diferenças
de pensamento, quando sua intenção era estabelecer uma filosofia de
trabalho pautada na modernização da gerência futebolística. Essa
justificativa de Willian só serviu para apimentar ainda mais a discussão
sobre o pensamento de gestão da atual diretoria.
É torcedor... é melhor se preparar para sofrer aos poucos até que o
orgulho de torcer pelo Bahia acabe (se é que não acabou) ou esperar por
um milagre que nos recupere esse orgulho. Existe, ainda, a opção de
continuar a se manifestar e transformar essa energia em ações que possam
ter maior efeito nesse processo. Fora isso, a realidade é essa: três
gols para o modesto Crisciúma e sabe Deus quantos mais para o Coritiba,
Internacional, Grêmio, Corinthians, Atlético-MG, dentre outros.
Vinicius Sampaio
Vinicius Sampaio
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