A Embaixada Independente Frevo Tricolor de Recife manifesta seu repúdio a atual direção do Bahia e conclama a nação tricolor a sair da letargia e ocupar seu lugar na história do seu clube. EVIDENTEMENTE QUEM MAIS TORCE PARA O RIVAL É O ATUAL PRESIDENTE DO BAHIA, ACLAMADO PELA TORCIDA RIVAL.
MANIFESTO DA EMBAIXADA FREVO TRICOLOR DE RECIFE-PE
O Bahia, clube
baiano mais popular do Brasil, deixou a condição de clube amador
faz algum tempo. O tricolor foi o primeiro clube profissional da
Bahia, utilizando métodos avançados no tratamento dos seus
jogadores. Antes, os clubes eram amadores, os jogadores tinham outra
profissão e não tinham a mesma visibilidade que ganharam os
jogadores do Bahia durante a administrações passadas. Esse
pioneirismo fora de campo foi esgotado e liderado na figura quase
mítica do presidente Osório Vilas Boas, tal concentração de poder
na figura do presidente e facilidades para conseguir uma unidade
política foram a marca também da segunda mais vitoriosa gestão da
história do tricolor, com o Sr. Paulo Maracajá liderando e
conquistando o segundo título nacional. A gestão centralizada
baseada em receitas de bilheteria basicamente e negócios com
jogadores que eram quase escravos dos clubes geravam receitas que
eram suficientes para gerir o tricolor com tranquilidade.
Assim, o tricolor
até a década de 90 tinha total domínio da cena futebolística
baiana e nacionalmente aparecia como muito forte em seus domínios,
ganhando fama fora do Bahia e simpatizantes que se empolgaram com a
força do futebol da terra. Veio a lei Pelé e a carta de alforria
dos jogadores, em contrapartida os clubes deixaram de ter uma renda
formidável pela negociação dos jogadores. O modelo centralizado e
coronelista deixou de fazer sentido também dada a carga de
insegurança, necessidade de gerenciamento e complexidade que agora o
futebol visto como fim empresaria geraria no futebol. Uma mentalidade
mais progressista compatível com o sistema capitalista chegara ao
futebol . O clube que quisesse sobreviver teria que se adaptar a
lógica de gerenciamento moderno sem a proteção de leis que
garantissem a tradição e o respeito que o centralismo decisório
garantia aos antigos presidentes. A departamentalização do futebol
era uma necessidade e a visão do futebol com uma aproximação do
torcedor visando-o como cliente e sócia era uma questão de
sobrevivência.
O Bahia demorou a
perceber as mudanças, dinheiro chegou com o banco Oportunitty, mas o
modelo de amadorístico, as visões familista dos clubes de futebol
impediam a correta administração dos recursos, muitas vezes o
presidente do clube dando carta branca para contrações sem
planejamento de futuro, guiado pelos imediatismo e falta de
responsabilidade, pois a “amizade” garantiriam seu “emprego. O
futebol e atendendo a critérios pouco eficazes de apelos de amigos
foi desmoronando um arroubou inicial da parceria banco e Bahia. O
Bahia acabou afundado na terceira divisão do futebol nacional, o
banco perdeu dinheiro e o resultado não poderia ser mais desastroso:
milhares de dívidas para pagar e o clube sem crédito na praça.
Algo teria que ser feito para criar uma nova cultura administrativa
no clube com renegociação de dívidas e um gerenciamento moderno no
clube. Uma mudança de cultura esperava-se com o jovem Marcelo
Guimarães Filho. Inicialmente o jovem presidente logrou êxito
trazendo para o Bahia bons profissionais e o clube pode sair da
masmorra, contudo a unidade política foi postergada com necessária
captação de sócios o que geraria uma receita nada desprezível ao
clube com as eleições diretas para presidente.
Os maus resultados,
próprios do futebol, começaram a surgir com a intransigente
diretoria tricolor. O gerente de futebol do Bahia com um poder quase
napoleônico, enquanto atletas da base eram cooptados por outras
equipes porque tinham um melhor gerenciamento de suas obrigações
com os atletas, continuava a insistir em trazer jogadores desprezados
em outros clubes com um custo duvidoso. Assim, o clube nesse círculo
vicioso começa a repetir o mesmo processo de outrora que foi o ocaso
do tricolor, quando a falta de uma mudança de ares e cultura
administrativa poderia reoxigenar o Bahia com a não permanência de
profissionais que não conseguiam atingir metas aceitáveis. Não
bastasse todo em rol de descaso administrativo o tricolor continua
como clube fechado a novos ares, posto que muitas denúncias de
favorecimentos a empresários continuam sem explicação do clube.
Posto esses
prolegômenos, e tendo em vista as manifestações das diversas
embaixadas tricolores pelo nosso Brasil contra a atual gestão do
E.C.Bahia e com a verdadeira altivez que sempre mostrou o povo baiano
contra as tiranias, nós, da embaixada frevo tricolor, criamos esse
manifesto de repúdio a atual direção do Bahia pela sua conduta
nefanda nas conduções dos negócios do nosso clube, bem como o não
cumprimento por parte da diretoria do clube em promover a
democratização do clube conforme compromisso inicialmente firmado
pela atual gestão.
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