domingo, 28 de abril de 2013

Manifesto da embaixada tricolor de Recife-PE

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A Embaixada Independente Frevo Tricolor de Recife manifesta seu repúdio a atual direção do Bahia e conclama a nação tricolor a sair da letargia e ocupar seu lugar na história do seu clube. EVIDENTEMENTE QUEM MAIS TORCE PARA O RIVAL É O ATUAL PRESIDENTE DO BAHIA, ACLAMADO PELA TORCIDA RIVAL.
MANIFESTO DA EMBAIXADA FREVO TRICOLOR DE RECIFE-PE
O Bahia, clube baiano mais popular do Brasil, deixou a condição de clube amador faz algum tempo. O tricolor foi o primeiro clube profissional da Bahia, utilizando métodos avançados no tratamento dos seus jogadores. Antes, os clubes eram amadores, os jogadores tinham outra profissão e não tinham a mesma visibilidade que ganharam os jogadores do Bahia durante a administrações passadas. Esse pioneirismo fora de campo foi esgotado e liderado na figura quase mítica do presidente Osório Vilas Boas, tal concentração de poder na figura do presidente e facilidades para conseguir uma unidade política foram a marca também da segunda mais vitoriosa gestão da história do tricolor, com o Sr. Paulo Maracajá liderando e conquistando o segundo título nacional. A gestão centralizada baseada em receitas de bilheteria basicamente e negócios com jogadores que eram quase escravos dos clubes geravam receitas que eram suficientes para gerir o tricolor com tranquilidade.
Assim, o tricolor até a década de 90 tinha total domínio da cena futebolística baiana e nacionalmente aparecia como muito forte em seus domínios, ganhando fama fora do Bahia e simpatizantes que se empolgaram com a força do futebol da terra. Veio a lei Pelé e a carta de alforria dos jogadores, em contrapartida os clubes deixaram de ter uma renda formidável pela negociação dos jogadores. O modelo centralizado e coronelista deixou de fazer sentido também dada a carga de insegurança, necessidade de gerenciamento e complexidade que agora o futebol visto como fim empresaria geraria no futebol. Uma mentalidade mais progressista compatível com o sistema capitalista chegara ao futebol . O clube que quisesse sobreviver teria que se adaptar a lógica de gerenciamento moderno sem a proteção de leis que garantissem a tradição e o respeito que o centralismo decisório garantia aos antigos presidentes. A departamentalização do futebol era uma necessidade e a visão do futebol com uma aproximação do torcedor visando-o como cliente e sócia era uma questão de sobrevivência.
O Bahia demorou a perceber as mudanças, dinheiro chegou com o banco Oportunitty, mas o modelo de amadorístico, as visões familista dos clubes de futebol impediam a correta administração dos recursos, muitas vezes o presidente do clube dando carta branca para contrações sem planejamento de futuro, guiado pelos imediatismo e falta de responsabilidade, pois a “amizade” garantiriam seu “emprego. O futebol e atendendo a critérios pouco eficazes de apelos de amigos foi desmoronando um arroubou inicial da parceria banco e Bahia. O Bahia acabou afundado na terceira divisão do futebol nacional, o banco perdeu dinheiro e o resultado não poderia ser mais desastroso: milhares de dívidas para pagar e o clube sem crédito na praça. Algo teria que ser feito para criar uma nova cultura administrativa no clube com renegociação de dívidas e um gerenciamento moderno no clube. Uma mudança de cultura esperava-se com o jovem Marcelo Guimarães Filho. Inicialmente o jovem presidente logrou êxito trazendo para o Bahia bons profissionais e o clube pode sair da masmorra, contudo a unidade política foi postergada com necessária captação de sócios o que geraria uma receita nada desprezível ao clube com as eleições diretas para presidente.
Os maus resultados, próprios do futebol, começaram a surgir com a intransigente diretoria tricolor. O gerente de futebol do Bahia com um poder quase napoleônico, enquanto atletas da base eram cooptados por outras equipes porque tinham um melhor gerenciamento de suas obrigações com os atletas, continuava a insistir em trazer jogadores desprezados em outros clubes com um custo duvidoso. Assim, o clube nesse círculo vicioso começa a repetir o mesmo processo de outrora que foi o ocaso do tricolor, quando a falta de uma mudança de ares e cultura administrativa poderia reoxigenar o Bahia com a não permanência de profissionais que não conseguiam atingir metas aceitáveis. Não bastasse todo em rol de descaso administrativo o tricolor continua como clube fechado a novos ares, posto que muitas denúncias de favorecimentos a empresários continuam sem explicação do clube.
Posto esses prolegômenos, e tendo em vista as manifestações das diversas embaixadas tricolores pelo nosso Brasil contra a atual gestão do E.C.Bahia e com a verdadeira altivez que sempre mostrou o povo baiano contra as tiranias, nós, da embaixada frevo tricolor, criamos esse manifesto de repúdio a atual direção do Bahia pela sua conduta nefanda nas conduções dos negócios do nosso clube, bem como o não cumprimento por parte da diretoria do clube em promover a democratização do clube conforme compromisso inicialmente firmado pela atual gestão.

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