sexta-feira, 5 de abril de 2013

Jogo histórico do Bahia completa 32 anos

Comentários
As vésperas do retorno do Bahia para Fonte Nova, uma das partidas mais emocionantes e históricas daquele estádio completa 32 anos. O dia foi 05 de abril de 1981. Partida válida pelo campeonato brasileiro daquele ano. O placar foi Bahia 5 x 0 Santa Cruz. 

Foram pouco mais de 90 minutos, mas os acontecimentos daquele pitoresco embate servem para explicar um pouco da mística e da força da camisa azul, vermelho e branca do Bahia, que desperta paixões em mais de 7 milhões de torcedores espalhados por todo o Brasil. 

Bahia e Santa Cruz estavam no mesmo grupo, juntamente com Corinthians e Ponte Preta, na disputa da segunda fase do Brasileirão de 1981. 

As quatro equipes se enfrentaram entre si em turno e returno para decidir quem passava à próxima fase. 

Depois de duas vitórias diante do Timão, um empate e uma derrota com a Macaca, e de ter levado uma goleada de 4x0 do Santa Cruz, em Recife, o Bahia chegava à última rodada, para enfrentar seu algoz pernambucano, necessitando de um milagroso triunfo por cinco gols de diferença para obter a classificação. 

A situação do Tricolor provocou a seguinte chacota, por parte do atacante do Santa, Dario, o Dadá Maravilha - "baiano só faz cinco quando acerta na quina da loto".Infeliz comentário... 

Assim como Dadá, poucos tricolores acreditavam no Bahia, razão da Fonte Nova ter pouquíssimos torcedores quando a partida começou. 

Comandados pelo lendário técnico Aymoré Moreira, os jogadores do Bahia estavam dispostos a mostrar que tinham condições de realizar a façanha e logo aos 4 minutos, o capitão Léo Oliveira passou para Gilson Gênio, que colocou a bola no ângulo de Celso, abrindo o placar. 

Nove minutos depois, após um rápido contra-golpe, a bola sobrou para o mesmo Gílson chutar rasteiro e fazer 2x0 para o Bahia. 

Assustado com o ímpeto do adversário, o Santa Cruz ajustou a marcação, afim de segurar o resultado, mas só conseguiu até os 43 minutos da etapa inicial, quando Hilton cruzou da esquerda na cabeça de Dirceu, que fez o terceiro gol. 

Ouvindo pelo rádio, incentivada pela goleada parcial e passando a acreditar na classificação, a torcida começou a ocupar os lugares vazios da Fonte, e não se decepcionou. Empurrado pelos animados torcedores, o Bahia voltou mais empolgado ainda para o segundo tempo e conseguiu o que a massa tanto esperava aos 22 minutos - após grande jogada, passando por três adversários, Gilson Gênio cruzou para Toninho Taino pegar de primeira e fazer um golaço, levando a galera ao delírio. 

O quinto gol, o mais esperado, parecia uma questão de tempo, mas demorou a sair. Todo fechadinho, acuado, o Santa conseguiu suportar a pressão e quase marcou o seu, mas o falastrão Dadá, debaixo das traves, conseguiu perder um gol feito. 

Porém, aos 41 minutos, quando alguns começaram a pensar que o Esquadrão de Aço iria "morrer na praia", o zagueiro Zé Augusto, na base do desespero, deu um bico para frente. A bola acabou sobrando para Léo, que chutou, cara a cara com Celso. 

O goleiro praticou a defesa, mas, no rebote, Toninho Taino estufou as redes e determinou o recomeço do Carnaval em Salvador, decretando uma das maiores vitórias do Bahia em todos os tempos.

Nenhum comentário :

Postar um comentário