terça-feira, 9 de abril de 2013

Faltou educação na Arena Fonte Nova

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Contrariando o que foi divulgado ontem, os danos na Arena Fonte Nova foram maiores. Os físicos são de proporções idênticas, mas falta de educação e o vandalismo foram avassaladores, como reportou hoje pela manhã o Correio da Bahia, e como já era esperado, “os estragos” aconteceram justamente nos setores onde se reúnem as torcidas organizadas do Bahia e Vitória, normal, estranho seria se fosse diferente. 

Outro assunto tratado pelo Jornal, ainda que de forma breve, foi a comemoração dos jogadores do Vitória, no espaço reservado para uma espécie de fuga dos torcedores. Veja.

A festa foi linda. E seria ainda mais se não houvesse o dia seguinte. O cenário da Fonte Nova, após o clássico de domingo, quando o Vitória goleou o Bahia por 5x1, foi triste. Para quem ajudou a construir a novíssima arena, ficou complicado aceitar o lixo espalhado pelo chão, as cadeiras quebradas e os sanitários em condições semelhantes a de um chiqueiro. Não é exagero.

Patrícia de Souza, funcionária responsável pela limpeza dos banheiros, relata o que encontrou pela frente. “Tinham fezes espalhadas pelas paredes, fora do vaso. Não tive coragem de limpar. Tive que chamar um homem para me ajudar. Uma coisa nojenta. Falta educação”, afirma, quase sem acreditar. “As pessoas utilizaram o cesto de lixo para urinar também. Imagine se toda vez for assim? Terrível”.

Ontem, o Correio circulou pelo local e pôde confirmar os atos de vandalismo, todos localizados onde ficaram as torcidas organizadas. Foram encontradas cadeiras total ou parcialmente danificadas, assim como alguns corrimões.

No setor Leste, onde se posicionou a torcida Os Imbatíveis, do Vitória, havia 19 assentos sem condições de uso. “Cheguei para trabalhar e fiquei triste. Isso aqui é um patrimônio nosso! É questão de educação mesmo. Logo no primeiro jogo acontece isso? É melhor fechar e abrir só pra show mesmo”, disse o operário Jutaís de Jesus.

No setor Norte, lugar da organizada Bamor, do Bahia, que só teve um gol para comemorar, foram duas cadeiras danificadas e arranhadas.

Presidente da Arena Fonte Nova, Frank Alcântara, lamenta os estragos ocasionados pela minoria. “É importante deixar a Arena sempre limpa. Não se pode ter um comportamento diferente do que se tem em casa. Apesar da rivalidade, a festa foi bonita. O nosso objetivo é sempre fazer o melhor para o torcedor e, por isso, ele precisa ajudar”.

Escadinha da alegria

O vidro que separa a torcida da escada trincou. “Aquele vidro não estilhaça, mas não é recomendável aquela comemoração. Foi uma surpresa para todos. Vamos conversar e ver o que é possível. Talvez colocar policiais na frente”, diz Frank Alcântara, presidente da Arena. “Aquele espaço é uma rota de fuga. Caso aconteça um incidente, os torcedores podem sair em, no máximo, oito minutos”, explica.

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