No dia 19 de fevereiro, o Esporte Clube comemorou 24 anos da conquista do título Brasileiro. O atacante Zé Carlos foi um dos destaques na campanha inesquecível para o torcedor tricolor e fixou, definitivamente, o nome do tricolor no cenário do futebol nacional na época.
O jogador falou ao jornalista Thiego Sousa, do Site Galaticos Online, onde expressou de forma perfeita as mudanças ocorridas com o passar do anos e falta de identificação dos jogadores com o clube e, sobretudo, o fim da tão decantada mística tricolor que simplesmente já não existe mais.
Segundo Zé Carlos, o Bahia perdeu a identidade, pois os jogadores atuais não conhecem a história do clube. “Primeiro, 90% daquele time era composto por jogadores baianos, conhecia o clube, hoje os jogadores nem conhecem mais o clube e tem outra coisa, os clubes tem dificuldades em passar isso aos jogadores. Vou em quase todos os jogos do Bahia e hoje o clube perdeu identidade, perdeu “camisa”, aquela força de ir ao estádio e sair só no final, acabou. Hoje o Bahia toma um gol e não tem poder de reação, com isso o torcedor dificilmente acredita que possa ter mudanças”, disse ao Galáticos Online.
O jogador não acredita que um time baiano possa conseguir, nos dias atuais, o mesmo feito do Bahia, que foi campeão brasileiro em 1959 e 1988. “Acho que dois títulos para a Bahia dificilmente será conseguido, principalmente pelos investimentos de outras equipes, não que seja impossível, mas os recursos em outros estados são maiores”, comentou.
O ex-atacante lamenta a falta de paciência e valorização da base Tricolor.
“A imprensa muitas vezes tem culpa, pois cobra demais dos jogadores da casa, que é de onde pode vir o recurso, a mudança, além disso eles conhecem o clube que está jogando, então falo isso sempre, se tem paciência com milhares de jogadores que vem aqui, mas com os atletas da casa ninguém tem. Hoje todo mundo fala de Daniel Alves, mas antes ele saia daqui vaiado. Cícero saiu como ruim, Fabão, Robson Luiz, um monte de jogador que não deram esse tempo”, bradou.
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