domingo, 10 de fevereiro de 2013

Eliminação: prejuízo técnico e de estima

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Enquanto o Esporte Clube Bahia goza suas férias, não por merecimento e sim por incompetência, após ser goleado e eliminado dentro de casa pelo ABC, de forma vergonhosa, o presidente Marcelo Guimarães concede entrevista ao Jornal A Tarde, onde tenta explicar assuntos como o prejuízo técnico e de estima, como a própria eliminação da Copa do NE,  problema Calcio, as cobranças públicas por reforços do técnico Jorginho e a pressão que vem sendo exercida pela torcida sobre ele. Confira a entrevista.

Como a diretoria reagiu ao fracasso do time no Nordestão?

Ficamos surpresos, mas não vai haver desespero ou caça às bruxas. Esperávamos ir mais longe, pois temos um dos três melhores elencos da competição e não deveríamos ter ficado fora na primeira fase, pelo investimento que fizemos, estrutura, tradição, orçamento, etc. Apesar disso, entendemos que estamos no início de uma temporada, que o ritmo de jogo e o condicionamento físico ainda não são os ideais. Em uma competição estilo copa, de tiro curto, não pode vacilar. Vínhamos fazendo uma ótima campanha, com duas vitórias e um empate, mas acabamos derrapando em dois jogos em casa.

Foi ou será feita cobrança mais rígida ao grupo?

Vamos tomar as providências, mas sempre com muito critério e convicção no nosso trabalho.

E como será a parada de mais de um mês? Haverá alguma exigência quanto às atividades para o grupo?

A forma de trabalho é responsabilidade da comissão técnica. Fizemos a melhor pré-temporada dos últimos anos, elogiada até mesmo pelos atletas, mas acabamos fracassando na Copa do Nordeste. Não é a quantidade de treinos que determina o sucesso de uma equipe.

Haverá período de treinos em um lugar alternativo, como foi feito em 2011, em Águas de Lindoia (SP)?

Faremos essa intertemporada em Salvador mesmo, realizando amistosos e jogos-treino, mas isso será definido nos próximos dias, pelo departamento de futebol e a comissão técnica.

Como a diretoria do Bahia quantifica o prejuízo pela eliminação precoce?

No aspecto financeiro, eles não são grandes, mesmo porque, em termos de bilheterias, só tivemos prejuízo nos jogos em casa. É claro que, nas fases seguintes, a arrecadação poderia melhorar, mas não seria algo tão significativo. Também temos uma receita garantida através da Arena Fonte Nova, que está nos dando um bom suporte financeiro. Os prejuízos maiores são técnicos e de estima.

O mau rendimento do time nos primeiros jogos da temporada muda o planejamento? A tendência é que mais jogadores sejam contratados até o início do Baiano?
Vamos seguir o nosso planejamento. Temos sete jogadores contratados que ainda nem estrearam. Esse período será importante para treinar e avaliar como ficará o grupo com a entrada desses reforços. Se entendermos que há necessidade de mais contratações, as faremos.

O técnico Jorginho voltou a fazer cobranças publicamente. "Tem que repensar. É preciso deixar o time mais veloz e fazer com que os atletas atuem com mais empenho", disse ele. Como a diretoria encara isso?

Precisamos repensar em todos os aspectos, inclusive táticos e técnicos. Fizemos três jogos ruins e com os mesmos jogadores que tiveram rendimento muito superior ao que apresentaram este ano. Sei que eles têm qualidade e podem dar muito mais. Se todos remarem para o mesmo lado, empenhados em melhorar o Bahia, vamos conseguir vencer.

No último jogo em Pituaçu, foram feitos protestos contra sua administração. Você se sente pressionado neste momento?

De maneira nenhuma. Quem trabalha no futebol, e em um clube de massa como o Bahia, tem que estar acostumado. Lembro que, em 2010, depois de um empate com o Brasiliense em Pituaçu, fui xingado e ofendido, mas, no fim do ano, houve Carnaval.

O 'caso Calcio', levantado por A TARDE em matéria no ano passado, voltou à tona após o portal Terra fazer reportagens sobre favorecimento à empresa em vendas de atletas. Como você tem reagido a isso?

Existem muitas insinuações sem provas e estimuladas por quem está diretamente interessado, e não aceita perder espaço no mercado. Todas as acusações terão de ser provadas na Justiça.

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