segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Torcedor sofredor...

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Acabou-se o ano para o futebol na Bahia e nossos times conseguiram, no apagar das luzes, garantirem os objetivos, cada um do seu jeito, traçado pelas suas diretorias: O Bahia conseguiu ganhar alguma coisa, depois de 10 anos de ostracismo (baiano) e permanecer na Série A (com as calças na mão) e o Vitória (ainda bem que a loja tinha mais de uma unidade destas calças), conseguiu, aos trancos e barrancos, voltar a 1ª Divisão.

Saldo positivo para a gente, pois com certeza, no ano que vem vamos ter casa cheia nas rodadas finais, tanto do primeiro, quanto do segundo turno. Mas depois de tantos sustos, o que realmente ficou de bom, o que vai poder ser aproveitado?

Provamos que o Sr. Paulo Carneiro, grande culpado pelo meu afastamento dos estádios de futebol (fiz uma promessa, nos idos de 2000 que enquanto ele fosse presidente do Vitória eu não entrava no Barradão, sei que ele já tem um tempão que saiu de lá, mas quem entrou me forçou a prolongar a dita cuja e até hoje eu prefiro assistir no sofá), estava errado, quando disse que a torcida não era a principal receita de time de futebol. Sim, ela é a principal e a mais importante. Sim, forme um bom time e a torcida banca.

Estamos cansados (falo pelos torcedores do Vitória) desta tal política de pés no chão do atual presidente. De que adianta ter dinheiro no caixa e não gastar? Flamengo, Corinthians, Palmeiras, só para citar alguns, devem a Deus e o mundo, mas a torcida, tirando a do Palmeiras, não tem o que reclamar. Flamengo, campeão, em 2009, Corinthians em 2011, Palmeiras, Copa do Brasil 2012. E por aí vai. E a gente?

Dois títulos, a mais de 20 anos, mas nossa torcida ali, sofrendo (e como), sem nunca abandonar nossos times (e olhe que ele fazem é força para conseguir este intuito). Bahia, quarta maior arrecadação em 2012. Vitória, sétima. Agora, imaginem se tivéssemos um time competitivo? Não ia dar para quem queria. Mas, não, nossos presidentes teimam em trazer apostas quem não deram certo em lugar nenhum (Tartá, Gilson, Elton) ou excelentes jogadores, a oito, dez anos atrás (Mancini, Zé Roberto, Kleberson).

Não estou aqui querendo ensinar ninguém a trabalhar, mas mostrar que estas políticas, que se arrastam a anos, não tem dado certo. Tratando especificamente de meu presidente, quantos jogadores foram contratados? Isso eu não sei e nem vou me dar ao trabalho de pesquisar, pois posso me irritar. E quantos aprovaram? Isso eu sei: Deola, Victor Ramos, Pedro Ken e Willian (pelo menos só com estes o Vitória que renovar).

E aí? Começar tudo de novo? Por que não investir no programa sócio-torcedor? Trazer a torcida (sim, ela ganha jogo) para lotar os estádios em todos os jogos? Maurício, com todas as restrições que eu tenho a pessoa (leia-se torcedor do Bahia, calma Dalmo, você também se enquadra neste rol), prega a democratização do time dele. Estou com ele. Tem que trazer a torcida para junto, pois ela faz a diferença. Temos que democratizar. Temos que ter direito a opinar, temos que ter direito a votar, chega de chapa única, chega desta galera que não que largar o osso. Chega deste período de turbulência. Ele não passa nunca.

Sei que é difícil, mas temos que nos unir. Reclamar, gritar, protestar (sem violência, pois aí extrapola). PS: Temos que nos respeitar. Ninguém me tira da cabeça que este Campeonato do Nordeste, patrocinado e dado de presente pela CBF tem rabo preso.

Por quê não reviveram todos os outros (Copa Sudeste e Sul-Minas)? Algo me diz que estão querendo criar duas ligas de futebol para o Brasil (Os 12) e o resto...

Fábio Ribas 

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