Futebol, assim como qualquer outro esporte, depende muito da estrutura disponível, da capacidade econômica para fazer boas contratações, da capacidade administrativa dos gestores, e do empenho dos atletas contratados. Mas não é todo mundo que pensa dessa maneira...
Existe uma boa parcela dos torcedores, principalmente os fanáticos, que levam suas superstições até as últimas consequências, garantindo que só assim os resultados positivos se repetirão. Por outro lado há quem acredite nas maldições, tipos de penalizações por alguma vantagem alcançada de forma não merecida.
As maldições, se de fato existirem, parece que vêm acompanhando o Bahia a algum tempo... os Rubro Negros garantem que é pelos inúmeros torneios vencidos de forma não convencional no passado, nas décadas de 70 e 80 principalmente. Para os tricolores isso não passa de choro...
A primeira grande maldição seria o gol de Raudinei no campeonato baiano de 94, ainda hoje comemorado a exaustão e até eternizado nas páginas de um livro. Mas justamente após esse título, conquistado no último minuto dentro de uma fonte lotada, a realidade do Bahia teve uma virada completa, e o clube se acostumou em ser coadjuvante no cenário nacional, e a colecionar vices campeonatos diante de seu maior rival.
A segunda grande maldição seria a partida contra o Fast Club, que permitiu a continuidade pela briga para não repetir por mais um ano a estadia do clube na última divisão do campeonato nacional. Nesse jogo contra o forte e respeitado clube de Manaus, que no entanto já estava eliminado da difícil série C, teve atraso de meia hora para entrar em campo para se beneficiar do resultados das outras partidas, teve 2 expulsões questionáveis do adversário, teve pênaltis claros não marcado contra o Bahia, e teve o tempo de prorrogação necessário para que o tricolor fizesse o gol, que para a alegria de todos, chegou aos 51 minutos do segundo tempo.
A consequência dessa maldição viria logo em seguida, e da forma mais trágica possível, vitimando lamentavelmente 7 vidas, e enterrando prematuramente a primeira fase da história de um grande estádio, local que tem feito muita falta ao tricolor baiano.
Mas como deixar essa torcida na mão? E foi assim que o governo não mediu esforços (muito menos economias) para em tempo recorde recriar o Estádio Metropolitano Roberto Santos (nada de hospital!).
A quem diga que o estádio novo, às margens da principal via da cidade, tem feito seu papel, sendo lá que o Bahia conseguiu após 7 anos retornar para a elite do futebol nacional. Lá também foi onde o clube saiu da fila, conseguindo um desejado título estadual após longos 10 anos na secura. Mas, e o desempenho nos jogos importantes? E os confrontos contra os clubes de primeira linha do futebol nacional? Seria essa mais uma maldição?
Apesar do título baiano ganho em cima do rival, o Bahia não conseguiu vencer um único clássico. Aliás, o desempenho nos clássicos em Pituaçu é pífio, com aproveitamento pouco superior a 30% (3 vitórias e 3 empates nos 13 clássicos já disputados lá). Certamente o pior desempenho de um clube em clássicos jogando em sua casa (quer dizer, em seu mando de campo).
Não muito melhor é o desempenho pelos jogos da série A, conquistando apenas 43% dos pontos disputados nesses dois anos na elite (na realidade em 2012 esse aproveitamento não chega a 30%).
Apenas como comparação, no rebaixamento de 2003, quando o Bahia ficou na última posição do campeonato sofrendo goleadas de 7 a 0, 7 a 4, 6 a 0, entre outras, o desempenho na Fonte foi de 57%. No primeiro rebaixamento, em 97, o desempenho também foi substancialmente maior, conquistando 51% dos pontos disputados na velha Fonte.
Comparando com outros clubes, o desempenho do Bahia em Pituaçu se mostra ainda mais vergonhoso. Seu rival, por exemplo, nas 203 partidas válidas pela série A disputadas até hoje no Barradão conseguiu um aproveitamento de 62,4%, mais do dobro do Bahia em 2012.
Nos demais torneios importantes disputados em Pituaçu a regra tem permanecido: Se o adversário é da série A, o Bahia está eliminado. Foi assim nas Copas do Brasil de 2009, quando caiu contra o Coritiba, de 2010, quando enfrentou o Atlético de Goiás, em 2011 contra o Atlético Paranaense, e nesse ano contra o Grêmio.
Pela Sul-Americana, torneio internacional festejado por voltar a disputar após 23 anos, mesma realidade. Na fase local, enfrentando o São Paulo, mais uma derrota no Pituaçu e mais uma eliminação.
Com certeza o torcedor tricolor não vê a hora da Nova Fonte ficar pronta e liberada para que o Bahia volte a fazer atuações dignas diante de sua torcida. Mas enquanto essa hora não chega, resta o clube peitar essa suposta maldição de Pituaçu conseguindo reverter os péssimos resultados dos jogos de ida do Brasileirão, para que enfim consiga pelo menos a 16ª posição na rodada final, que vai ser muito importante para o clube e para o futebol baiano, e certamente será comemorado como uma conquista mundial por essa tão apaixonada torcida!
Não há melhor momento para iniciar essa arrancada do que agora, contra um adversário do mesmo porte e que também luta para sobreviver na elite. Resta então a torcida apoiar como sempre, ajudando ao time a conquistar 3 pontos em casa. Está na hora de acabar com essa maldição, e o futebol baiano agradece!
Victor Hugo
Existe uma boa parcela dos torcedores, principalmente os fanáticos, que levam suas superstições até as últimas consequências, garantindo que só assim os resultados positivos se repetirão. Por outro lado há quem acredite nas maldições, tipos de penalizações por alguma vantagem alcançada de forma não merecida.
As maldições, se de fato existirem, parece que vêm acompanhando o Bahia a algum tempo... os Rubro Negros garantem que é pelos inúmeros torneios vencidos de forma não convencional no passado, nas décadas de 70 e 80 principalmente. Para os tricolores isso não passa de choro...
A primeira grande maldição seria o gol de Raudinei no campeonato baiano de 94, ainda hoje comemorado a exaustão e até eternizado nas páginas de um livro. Mas justamente após esse título, conquistado no último minuto dentro de uma fonte lotada, a realidade do Bahia teve uma virada completa, e o clube se acostumou em ser coadjuvante no cenário nacional, e a colecionar vices campeonatos diante de seu maior rival.
A segunda grande maldição seria a partida contra o Fast Club, que permitiu a continuidade pela briga para não repetir por mais um ano a estadia do clube na última divisão do campeonato nacional. Nesse jogo contra o forte e respeitado clube de Manaus, que no entanto já estava eliminado da difícil série C, teve atraso de meia hora para entrar em campo para se beneficiar do resultados das outras partidas, teve 2 expulsões questionáveis do adversário, teve pênaltis claros não marcado contra o Bahia, e teve o tempo de prorrogação necessário para que o tricolor fizesse o gol, que para a alegria de todos, chegou aos 51 minutos do segundo tempo.
A consequência dessa maldição viria logo em seguida, e da forma mais trágica possível, vitimando lamentavelmente 7 vidas, e enterrando prematuramente a primeira fase da história de um grande estádio, local que tem feito muita falta ao tricolor baiano.
Mas como deixar essa torcida na mão? E foi assim que o governo não mediu esforços (muito menos economias) para em tempo recorde recriar o Estádio Metropolitano Roberto Santos (nada de hospital!).
A quem diga que o estádio novo, às margens da principal via da cidade, tem feito seu papel, sendo lá que o Bahia conseguiu após 7 anos retornar para a elite do futebol nacional. Lá também foi onde o clube saiu da fila, conseguindo um desejado título estadual após longos 10 anos na secura. Mas, e o desempenho nos jogos importantes? E os confrontos contra os clubes de primeira linha do futebol nacional? Seria essa mais uma maldição?
Apesar do título baiano ganho em cima do rival, o Bahia não conseguiu vencer um único clássico. Aliás, o desempenho nos clássicos em Pituaçu é pífio, com aproveitamento pouco superior a 30% (3 vitórias e 3 empates nos 13 clássicos já disputados lá). Certamente o pior desempenho de um clube em clássicos jogando em sua casa (quer dizer, em seu mando de campo).
Não muito melhor é o desempenho pelos jogos da série A, conquistando apenas 43% dos pontos disputados nesses dois anos na elite (na realidade em 2012 esse aproveitamento não chega a 30%).
Apenas como comparação, no rebaixamento de 2003, quando o Bahia ficou na última posição do campeonato sofrendo goleadas de 7 a 0, 7 a 4, 6 a 0, entre outras, o desempenho na Fonte foi de 57%. No primeiro rebaixamento, em 97, o desempenho também foi substancialmente maior, conquistando 51% dos pontos disputados na velha Fonte.
Comparando com outros clubes, o desempenho do Bahia em Pituaçu se mostra ainda mais vergonhoso. Seu rival, por exemplo, nas 203 partidas válidas pela série A disputadas até hoje no Barradão conseguiu um aproveitamento de 62,4%, mais do dobro do Bahia em 2012.
Nos demais torneios importantes disputados em Pituaçu a regra tem permanecido: Se o adversário é da série A, o Bahia está eliminado. Foi assim nas Copas do Brasil de 2009, quando caiu contra o Coritiba, de 2010, quando enfrentou o Atlético de Goiás, em 2011 contra o Atlético Paranaense, e nesse ano contra o Grêmio.
Pela Sul-Americana, torneio internacional festejado por voltar a disputar após 23 anos, mesma realidade. Na fase local, enfrentando o São Paulo, mais uma derrota no Pituaçu e mais uma eliminação.
Com certeza o torcedor tricolor não vê a hora da Nova Fonte ficar pronta e liberada para que o Bahia volte a fazer atuações dignas diante de sua torcida. Mas enquanto essa hora não chega, resta o clube peitar essa suposta maldição de Pituaçu conseguindo reverter os péssimos resultados dos jogos de ida do Brasileirão, para que enfim consiga pelo menos a 16ª posição na rodada final, que vai ser muito importante para o clube e para o futebol baiano, e certamente será comemorado como uma conquista mundial por essa tão apaixonada torcida!
Não há melhor momento para iniciar essa arrancada do que agora, contra um adversário do mesmo porte e que também luta para sobreviver na elite. Resta então a torcida apoiar como sempre, ajudando ao time a conquistar 3 pontos em casa. Está na hora de acabar com essa maldição, e o futebol baiano agradece!
Victor Hugo
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